As primeiras apurações policiais indicam que uma tentativa de retomar os pontos de drogas por facção rival pode ser a motivação da invasão com mortes e incêndio em uma casa, na Costeira, em Florianópolis, na noite de quarta-feira.

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Segundo policiais militares e civis, a casa incendiada seria de Leonardo Ferreira, o Nadinha. Ele está preso pelo assassinato de Vilmar de Souza Júnior, o Juninho, no Mercado Público, em março de 2017. Também teria outro mandado de prisão por morte na Costeira e é integrante do bando de Danilo de Souza, este irmão do traficante Neném da Costeira.

A invasão na Costeira aconteceu cinco dias após a condenação de Danilo de Souza, no Tribunal do Júri da Capital. Danilo já estava preso e pegou 16 anos de prisão, na última sexta-feira.

Para policiais, o fato é que nos últimos tempos, com as lideranças presas, a Costeira é um morro sem dono de fato. Esta situação seria chamariz para novos traficantes conquistarem a territorialidade. Assim, tiroteios, violência e vingança levam ainda mais terror aos moradores como se viu na noite passada.

Agora, seria a vez da facção de Santa Catarina supostamente ter agido contra rivais da organização de SP que estaria a frente do tráfico na região. Para policiais experientes ouvidos pela reportagem, dificilmente a motivação escapará das brigas entre grupos rivais, embora a concreta origem do que aconteceu ontem siga confusa.

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Em 5 de abril do ano passado, três pessoas morreram em uma invasão de criminosos armados na Costeira – uma quarta vítima morreu dias depois no hospital.

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