As colisões frontais foram as principais causas de acidentes com mortes e feridos nas rodovias federais de Santa Catarina no feriadão de Réveillon, quando cinco pessoas perderam a vida entre os dias 29 de dezembro e 1º de janeiro.

Continua depois da publicidade

O que chama a atenção, segundo a Polícia Rodoviária Federal, é que essa realidade não vem de agora e sim dos últimos tempos. Imperícia, imprudência e a própria condição das rodovias de pistas simples, extremamente saturadas, compõem o cenário de perigo.

As cinco mortes foram em três acidentes, todos em colisões frontais e pistas simples, conforme o policial rodoviário federal Carlos Possamai, da Comunicação Social da PRF. Numa delas, na BR-282 em Chapecó, um acidente teve duas mortes e dois feridos graves.

– Geralmente são ultrapassagens em momentos inadequados. As BRs 470, 282 e a 280 na região de São Francisco do Sul, Jaraguá do Sul e Rio Negrinho apresentam pontos bastante críticos. É urgente a melhoria dessas rodovias – alerta Possamai, se referindo à duplicação, planejamento e sinalização.

A duplicação da BR-470 (região de Blumenau) caminha em passos de tartaruga e não há perspectivas de entrega. O movimento já é intenso ao longo do ano e na temporada aumenta significativamente. A 470 é a segunda rodovia mais movimentada de Santa Catarina – só perde para a BR-101, que também está saturada na Grande Florianópolis e Norte do Estado.

Continua depois da publicidade

– O motorista precisa ter muita paciência, nas pistas simples evitar ultrapassar em momento perigoso e dirigir sempre cuidando do outro, ou seja, do terceiro – aconselha o policial rodoviário.

Entre os dias 29 de dezembro e 1º de janeiro foram 120 acidentes nas rodovias federais de SC, com cinco mortos e 144 feridos. Foram feitos mais de dois mil testes de bafômetros e gerados mais de 100 autos de infração por embriaguez, quantidade considerada grande pela PRF. Por excesso de velocidade, a PRF multou 1,5 mil condutores no Estado nesses dias.

– É alto o número de casos de embriaguez, pois a PRF não pega todos porque não consegue fiscalizar tudo e sim a minoria. As pessoas infelizmente ainda acham normal por exemplo sair do jogo de futebol, beber duas cervejas e ir para casa dirigindo – lamenta Possamai.