Investimentos em tecnologia (câmeras nas rodovias e ferramentas para monitoramento), integração entre as polícias e barreiras para impedir a entrada de novas facções.
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Estes são pontos considerados fundamentais para evitar a proliferação do negócio ilícito do furto e roubo de carros entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, na avaliação de policiais ouvidos pelo DC.
Desencadeada nesta quarta-feira, a Operação Rental Cars, da Deic, prendeu uma quadrilha que revendia em Santa Catarina carros alugados ou que eram roubados no Rio Grande do Sul.
A conexão entre os dois Estados com atividades criminosas ligadas a furtos, roubos e clonagem de carros é antiga e mais uma vez se mostrou em alta por quadrilhas.
– Vamos continuar reforçando a necessidade constante das medidas de prevenção e inteligência em conjunto entre os Estados. Eu diria que o investimento em tecnologia está sendo crucial para esses resultados – avalia o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Marcos Ghizoni.
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Chamou a atenção que os dez carros recuperados pela polícia catarinense tinham como procedência o Estado gaúcho. Alguns haviam sido levados em assaltos a mão armada das vítimas.
Responsável pela Operação Rental Cars, o delegado Rodrigo Bortolini, da Deic, enumera fatores que ajudam a polícia no trabalho de inteligência sobre os envolvidos: a integração entre as duas polícias Civis e a Polícia Rodoviária Federal.
Bortolini afirma que também há necessidade de intensificar o controle da fiscalização sobre os órgãos públicos.
– Muitos dos documentos desses veículos vinham acompanhados de documentos verdadeiros – alerta o delegado.
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Os criminosos escolhiam as vítimas entre aquelas que demonstravam interesse nos anúncios pela internet. Ou seja, geralmente concretizavam a negociação com as pessoas que julgavam menos esclarecidas ou desinformadas. Assim, o objetivo era não terem o esquema ilícito descoberto.
Entre os crimes, a Deic indiciará os envolvidos por associação criminosa, uma das maneiras também de buscar penas mais altas.