As mortes violentas diminuíram 24,8% em Florianópolis no primeiro semestre de 2018. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
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Foram 79 mortes violentas de janeiro a 1º de julho deste ano contra 105 no mesmo período de 2017. Estão incluídos homicídios, latrocínios (roubos seguidos de morte), lesão corporal seguida de morte e mortes em confronto policial.
O balanço mostra que foram 61 homicídios no primeiro semestre deste ano e 91 no primeiro semestre do ano passado, em Florianópolis. Em todo o Estado, a diminuição dos homicídios foi de 17%, no semestre, conforme a SSP.
Mortes em confronto disparam
O aspecto preocupante é o aumento de 100% nas mortes em intervenções policiais, ou seja, em confrontos com a polícia. Foram 16 no primeiro semestre deste ano e 8 no mesmo período de 2017.
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“Operação Sufoco”, diz secretário de Segurança
O secretário de Segurança Pública, Alceu de Oliveira Pinto Júnior, aponta as operações sufoco das polícias Militar e Civil em áreas críticas (ou “vermelhas) e as prisões de lideranças do tráfico e das facções como fatores para a redução das mortes violentas na Capital.
– Essas operações contaram com reforço do efetivo, que hoje passou a ser estadualizado e não mais municipalizado e foram importantes para essa redução. Também passamos a fazer prisões mais qualificadas, das lideranças, e talvez por isso o aumento dos confrontos policiais. A polícia foi aonde está o chefe, a arma, e eles reagem – analisou o secretário, esperando diminuição ainda mais expressiva no segundo semestre.
– Temos condições de chegar a índices de 2012, ou seja, antes do crescimento das facções – cita.
Em 2017, Florianópolis bateu o recorde histórico de mortes violentas: foram mais de 170 assassinatos em um trágico ano para a segurança. Houve chacinas, repetição de execuções em lugares movimentados e constantes tiroteios entre criminosos.
Prevenção em cidades menores
A estratégia da segurança daqui para a frente tem um foco um pouco diferente: intensificar a prevenção também nas cidades pequenas. Isso porque setores de inteligência detectaram chance de migração da criminalidade para centros menores em razão do abafa nas grandes cidades catarinenses.
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