A precoce morte do tenente-coronel Marcus Roberto Claudino, 47 anos, nesta segunda-feira, em Florianópolis, enlutou policiais militares e civis e demais integrantes da segurança pública. Mas foi além disso: a perda trouxe lamentações para familiares de pessoas desaparecidas em razão do trabalho desempenhado pelo oficial nos últimos anos. Ele era desde 2012 o coordenador do programa SOS Desaparecidos da Polícia Militar de Santa Catarina e esteve a frente de centenas de casos de pessoas desaparecidas no Estado e no País.
Continua depois da publicidade
Dono de extensa rede de contatos no Brasil e até no exterior, Claudino se dedicava com intensidade à causa dos desaparecidos junto com a equipe de PMs – também tinha aproximação e parceria com a Delegacia de Pessoas Desaparecidas da Capital. Entre tantos casos, atuou na procura por familiares de pessoas traficadas para o exterior nos anos 1980 e 1990. Em 2014, escreveu o livro “Mortos sem sepultura”.
Segundo a PM, o policial lutava contra um câncer de pâncreas e morreu por uma infecção generalizada. Natural de Florianópolis, deixou esposa e dois filhos. Nas redes sociais, houve manifestações de tristeza, de agradecimento pela missão que desempenhava e também de solidariedade e força aos familiares.
Leia mais notícias e análises de Diogo Vargas
Continua depois da publicidade