A redução da pena aos detentos que não conseguiriam trabalhar por falta de oportunidade nas cadeias de Joinville foi suspensa pelo juiz João Marcos Buch. A portaria do magistrado durou três dias. Ele afirma que atendeu a recomendação do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

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É inegável alguns impactos da discussão com o ato: se os detentos querem trabalhar o que estaria dificultando isso nas prisões? Joinville é uma cidade industrial com forte potencial econômico e mesmo assim não há novo interesse das empresas na mão de obra prisional?

As respostas, sem dúvida, devem fomentar novas articulações no Estado para quem sabe incrementar o trabalho dos presos na penitenciária e no presídio local.

Limitação física

Hoje, dos 1,1 mil apenados de Joinville, cerca de 350 trabalham. A questão física seria um dos limitadores para a ampliação do ambiente laboral. No Estado, 31% dos detentos trabalham (6,2 mil presos).

No mês passado, Santa Catarina foi destaque nacional ao promover a 2ª mostra laboral do sistema prisional. O evento em Florianópolis reuniu expositores da grande maioria dos Estados e discutiu a política de ressocialização com autoridades e referências na área.

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A Secretaria da Justiça e Cidadania afirma que serão feitas novas ações com as empresas locais para ampliar a oferta de trabalho prisional em Joinville. Elas deverão acontecer após a finalização da etapa de reestruturação do presídio, que está em andamento.

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