A Justiça afastou três servidores do Presídio de Caçador, no Meio-Oeste de Santa Catarina. Nesta quarta-feira, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) fez uma operação relacionada ao caso para cumprir sete mandados de busca e apreensão. Além do afastamento e do cumprimento dos mandados, foi determinada a quebra do sigilo bancário dos envolvidos.
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Segundo divulgou o Ministério Público de SC, duas promotorias de Caçador e o Gaeco investigam supostos crimes contra a administração pública e atos de improbidade administrativa relacionados ao presídio.
Os crimes em apuração envolvem desde a utilização de pecúlio (dinheiro fruto do trabalho) dos presos em proveito próprio até superfaturamento na aquisição de produtos com cartão de pagamento do Estado e constrangimento contra presas e visitantes para obter vantagens, inclusive favorecimento sexual.
A operação conta com o apoio do Grupo Especial Anticorrupção do MP, do Instituto Geral de Perícias (IGP) e da corregedoria do Departamento de Administração Prisional (Deap).
No dia 30 de março, seis detentos fugiram da prisão em Caçador. Depois, ao menos cinco foram recapturados. No dia 3 de abril, em ato publicado no Diário Oficial, o secretário da Justiça e Cidadania, Leandro Lima, afastou preventivamente um servidor das funções por 60 dias. Lima levou em conta fatos apurados em sindicância interna.
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Ainda não há informações se os fatos têm ligação com a investigação do MP.