Segue preocupante a condição do Presídio de Joinville, alvo de interdição judicial no ano passado e que atualmente está suspensa. Superlotação grave, roupas insuficientes, saneamento precário e recursos humanos escassos são citados pelo juiz corregedor João Marcos Buch.

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Ferrenho defensor dos direitos humanos e crítico da atual gestão da Secretaria da Justiça e da Cidadania, o magistrado fez uma visita surpresa à unidade na quarta-feira de manhã. Esteve num pavilhão onde afirma ter ouvido que estaria muito precário. Depois, Buch divulgou fotos do que viu.

As imagens mostram celas cheias (três vezes mais que a capacidade de detentos), instalações elétricas com fiação exposta e com gambiarras, paredes deterioradas, ausência de iluminação no pavilhão 3, entre outros aspectos que dificilmente ajudarão na ressocialização.

– Esse auto de inspeção será juntado no processo que trata da interdição, que está suspensa e aguarda o governo cumprir com as determinações feitas desde meados do ano passado. Até o momento construíram um pavilhão novo, ainda sem ocupar e retocaram as partes externas da unidade – afirmou Buch, que marcou uma audiência para o dia 7 de fevereiro.

Pavilhão novo na próxima semana, promete governo

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O secretário-adjunto da Justiça e Cidadania, Leandro Lima, ainda não tinha visto as fotos na manhã desta quinta. Ele informou que o local passa por reforma e adequação dentro do termo de ajustamento e conduta e que o novo pavilhão construído será ocupado na próxima semana.

Polêmica sobre o uso do crachá

A Associação dos Agentes Penitenciários divulgou nota nesta quinta-feira repudiando decisão do juiz João Marcos Buch em que determina a obrigatoriedade do uso do crachá pelos funcionários do presídio de Joinville. A medida é do dia 19 de janeiro. A entidade entende que ela não é da competência do Judiciário e sim da Secretaria da Justiça e Cidadania.