Atuante na área de direitos humanos, o juiz e escritor João Marcos Buch, de Joinville, esteve em um dos pontos de concentração de caminhoneiros, na BR-101, no sábado.

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O magistrado publicou um texto em suas redes sociais com o depoimento. Disse que resolveu ir ao local principalmente porque a situação também tem reflexos sobre o complexo prisional de Joinville, com 1,6 mil detentos, onde atua e é responsável.

“Como cidadão e como juiz da execução penal resolvi ver in loco esse movimento. No trajeto vi uma BR-101 vazia como nunca tinha visto antes em toda minha vida. Não vi bandeiras ou emblemas de partidos políticos, sindicatos ou organizações”.

O juiz conversou com organizadores, encontrou famílias, crianças e idosos.

“Eles me relataram que tudo era para ter se resumido exclusivamente em uma passeata de protestos, nada mais, mas que com a enorme adesão e apoio popular de um lado e arrogância governamental do outro, o movimento cresceu e se tornou isso que vivenciamos atualmente”.

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Buch contou que recebeu o compromisso que a manifestação será pacífica e que os caminhoneiros estavam receosos com os boatos de intervenção do Exército.

“Me perguntaram se o Estado podia usar da força para desfazer locais de concentração como aquele. Conversei a respeito, pedindo que agissem sem violência”.

Buch relatou que foi embora com a sensação que a vida daquelas pessoas tem sido muito difícil e que estão agindo movidos pela esperança de dias melhores.

“Creio que essa esperança é de todos nós”, escreveu.

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