As imagens captaram o momento em que o corpo da professora Salete Ribeiro Martins, 65 anos, era levado por dois homens em um armário para a Avenida Presidente Kennedy, no bairro Campinas, em São José. As placas do carro usado também foram filmadas. Em Penha, a câmera registrou o momento em que um homem espancou a pauladas e matou barbaramente o indígena Marcondes Nambla, 36, no bairro Armação.
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Não há o que questionar: as imagens falam, revelam, comprovam e incriminam. Tem sido assim em boa parte das investigações policiais. Antes mesmo de colher depoimentos, a polícia logo pergunta ou vai atrás de filmagens no ambiente do crime.
A partir do recebimento das imagens gravadas em câmeras privadas, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) espera ganhar em alcance, agilidade e ter amplitude nas apurações. A SSP garante que não fará o monitoramento das câmeras privadas, apenas usará as imagens gravadas em casos necessários.
Poderão ser captadas e armazenadas, por exemplo, filmagens de câmeras de associações de bairros, estabelecimentos comerciais e empresas de segurança. Com os softwares e o sistema em operação, o pensamento do secretário da SSP, Alceu de Oliveira Pinto Junior, é Santa Catarina passar a ser referência em monitoramento eletrônico.
Nos últimos anos, SC adotou o sistema Bem-Te-Vi, com parcerias entre Estado e prefeituras para a instalação de milhares de câmeras. Houve avanço, mas também críticas de que faltavam policiais militares para acompanhar 24 horas a movimentação registrada pelos equipamentos. No começo do ano, argumentando dificuldades financeiras, a SSP passou a recusar a ampliação do sistema em cidades ainda não contempladas, como Bom Retiro e Araranguá.
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Em Florianópolis, a queixa por longos meses de 2017 foi a demora para a manutenção dos equipamentos. Em alguns casos, a polícia não conseguiu contar com o monitoramento das ruas porque as câmeras estavam inoperantes.
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