As três execuções na madrugada de tiros na região Continental de Florianópolis turbinam a pressão por ações imediatas pela nova cúpula da Secretaria de Segurança Pública. Além do secretário Alceu Pinto de Oliveira Júnior, assumirão os cargos nos próximos dias os chefes das polícias Civil e Militar.

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Pelos acontecimentos e relatos, o ano de 2018 começa como terminou 2017: com um banho de sangue explodindo em assassinatos que amedrontam e intimidam a população a viver sob as regras do tráfico. Nos bastidores crescem os defensores de uma força-tarefa para resolver os homicídios na Capital, identificar os chefes da criminalidade e cumprir mandados de prisão que já estão à espera da polícia. E por que não mandar os líderes para presídios federais?

Para isso, o pensamento é que seria necessário envolver diretamente numa só equipe as delegacias especializadas como a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) ou o Grupo de Atuação de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), chefiado pelo Ministério Público. Está evidente que a atual estrutura da Delegacia de Homicídios não suporta mais o fardo do acúmulo de homicídios se repetindo sem trégua em Florianópolis.

Megaoperações de impacto e ocupações nas comunidades conflagradas pelo tráfico não estão descartadas. A busca precisa por informações de inteligência nos lugares alvos para evitar armadilhas aos próprios policiais estaria antecedendo o plano.

A situação é grave e exige aceleração das medidas. Nas últimas semanas foram corriqueiras as trocas de tiros no Morro da Caixa e na Maloca, e rajadas de fuzis são comuns. Ironicamente, as duas ficam nas imediações da Secretaria de Segurança, na Avenida Ivo Silveira.

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Não é possível que a expansão da violência protagonizada pelo crime organizado continue a aterrorizar as comunidades menos favorecidas economicamente. O que se vê no Continente se repete na Vila União, Morro do Mosquito e Papaquara, no Norte da Ilha, onde a população vive amedrontada. A força policial precisa entrar nestes territórios do crime e permanecer até que o Estado e a prefeitura, em ações conjuntas, façam um plano de segurança pública e cidadania definitivo.

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