O preso Paulo Henrique Artmann dos Santos, o Calango, foi transferido novamente da Penitenciária Industrial de Joinville. A suspeita das autoridades é que o plano de invasão na madrugada de ontem à unidade prisional com o uso de explosivos tenha sido para resgatá-lo. A tentativa foi frustrada por agentes penitenciários e um homem morreu no local.

Continua depois da publicidade

Condenado a 15 anos de prisão por tráfico de drogas e suposto líder de facção, o traficante já havia figurado em uma outra tentativa desastrada de resgate. Foi em março deste ano por meio de um helicóptero, quando a aeronave caiu no trajeto e três pessoas morreram.

Conforme a reportagem apurou, depois do episódio do helicóptero o detento passou por outras duas penitenciárias: a Sul de Criciúma e a de Itajaí, mas retornou para a penitenciária de Joinville em razão do término de prazo da medida disciplinar (normalmente é de 30 dias).

A defesa dele, na época, questionou as transferências no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Esse questionamento judicial acabou não tendo o mérito julgado a tempo porque o detento retornou para a prisão de Joinville.

Agora, a informação é que Calango foi encaminhado mais uma vez para a penitenciária Sul, de Criciúma, em medida disciplinar, após operação pente fino feita na prisão.

Continua depois da publicidade

O juiz corregedor da penitenciária, João Marcos Buch, deverá ser comunicado da remoção e analisar a respeito. Buch afirma que não houve pedido anteriormente a ele sobre eventual transferência para prisão federal.

Buch reiterou na manhã desta terça-feira à reportagem que as análises são "caso a caso" e se eventualmente receber o pedido será feito o procedimento e a devida avaliação. O magistrado acredita que o envio para prisão federal não vem se mostrando a melhor solução nesses casos.

– O meu entendimento geral em tese é que as unidades federais não estão atingindo aquilo que elas se propuseram, pelo contrário.

Leia mais notícias e análises de Diogo Vargas