A pergunta que está no ar: é possível resgate de preso no sistema penitenciário de Santa Catarina?

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Faz sentido a reflexão diante dos dois episódios em que criminosos buscavam retirar – sem sucesso – o traficante Paulo Henrique Artmann dos Santos, o Calango, da penitenciária industrial de Joinville.

Agentes penitenciários ouvidos afirmam que há dez anos esta possibilidade seria mais temerosa. Hoje, as unidades estão bem protegidas, com efetivo melhor preparado e armado.

Há preocupações, claro. Por exemplo, servidores temporários que não portam armas de fogo. Outro ponto é a localização da prisão.

O complexo da Agronômica, por exemplo, fica em área residencial bastante movimentada de Florianópolis. Em questão de minutos a PM está no local.

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Só que nos fundos, na área de matagal, a vigilância não seria a ideal, conforme alertam servidores. Falta uma grande muralha. Uma condição que exige monitoramento constante e atenção redobrada.

Dois planos sem sucesso

Na madrugada de segunda-feira, criminosos tentaram explodir o muro dos fundos da penitenciária de Joinville, em que estão 670 reclusos. Houve reação dos agentes e um homem morreu. A polícia e o sistema prisional suspeitam que a tentativa de invasão seria para libertar o detento Calango, transferido para a penitenciária Sul de Criciúma no dia seguinte.

Em março, houve um plano para resgatá-lo de helicóptero, mas a aeronave caiu no caminho para a cadeia e três pessoas morreram.

Técnicas operacionais

Esta semana, a Academia de Justiça e Cidadania (Acadejuc) começou o 8º curso de Técnicas Operacionais Penitenciárias (TOP), em Florianópolis.

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Agentes recebem aprimoramento técnico e controle psicológico para atuação em intervenções táticas, escoltas e operações penitenciárias externas.

Há alunos do sistema penitenciário federal, do Rio Grande do Sul, da Guarda Municipal de Florianópolis e dez agentes penitenciários de Misiones, na Argentina.

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