O diretor da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais), Anselmo Cruz, fez duas reflexões as quais considera também como frustrações na carreira policial: a falta de recursos materiais que limitam a questão operacional e a atual política nacional de enfrentamento e metodologia em relação ao tráfico de drogas.
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Foi em sua palestra, pela manhã, no V Seminário de Ciência, Tecnologia e Inovação em Segurança Pública, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis.
– Temos capacidade operacional e “know-how” para enfrentar o crime organizado em situação de crise. Já demonstramos isso, em ondas de atentados houve a pronta resposta e a condenação dos envolvidos. Mas faltam recursos. Daria para se fazer muito mais – disse o delegado.
Anselmo lamentou a desigualdade social, o crescimento desordenado das cidades e a ausência do Estado. Em seguida, trouxe a reflexão sobre o tráfico:
– Com essas mesmas políticas de enfrentamento e metodologias vamos conseguir erradicar as facções, sendo que o tráfico é muito, mas muito maior que há 30 anos? Hoje o nosso papel é manter o controle, mas vamos resolver? – indagou.
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