Após três anos, Santa Catarina voltou a sentir entre agosto e setembro do ano passado o temor do crime organizado com atentados nas ruas. Mas o que mais impressiona é que 2017 foi justamente o ano em que a Polícia Civil bateu recorde em prisões de integrantes de facções que protagonizam a violência por meio de ataques: 317.

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Essa realidade demonstra o tamanho do problema gerado com as facções, estruturas criminosas disseminadas e comandadas de presídios que provocam terror desde 2012 no Estado. Para policiais, o número revela a grande quantidade de pessoas envolvidas com o crime organizado e a necessidade de continuidade das ações na área.

– Foi o ano em que mais foram feitas prisões na história da Draco (Divisão de Repressão ao Crime Organizado) da Deic. Apenas em duas operações foram mais de 160 presos, fruto da dedicação da equipe. Em 2018 vamos continuar firmando parcerias e o acompanhamento constante do movimento das ações dessas facções – diz o delegado da Draco, Antônio Seixas Joca.

Em balanço do ano divulgado nesta sexta-feira, a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) destacou a troca de informações com outros órgãos, as investigações que evitaram mortes no sistema prisional, em comunidades da Capital, Campos Novos, além de outros trabalhos.

Entre as principais operações da Draco em 2017 estão a apuração contra a facção de São Paulo que age no Estado, em abril, quando foram decretadas 115 prisões, e a Independência, em setembro, que prendeu os envolvidos em atentados. Nos dois casos, os processos tramitam na Justiça – um deles em Florianópolis e outro em Blumenau – e ainda não houve sentença contra os acusados. Ao todo, foram presos envolvidos em ataques a delegacias e batalhões, homicídios e chacinas.

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As investigações da Draco em 2017:

Presos em flagrante: 63
Presos por ordens judiciais: 254
Total de prisões: 317
Mandados de busca e apreensão domiciliar: 182.
Fonte: Deic.