Comprovar a associação de caixeiros de Joinville com facções criminosas é uma nova frente da Polícia Civil de Santa Catarina. No fim de semana, esse trabalho fez com que cinco arrombadores fossem pegos em flagrante ao tentar arrombar o cofre do Banco do Brasil de Barreiros, em São José. Três dos capturados são de Joinville.

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A tarefa está com a Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), que surpreendeu os integrantes no domingo.

Segundo o delegado Antônio Seixas Joca, a quadrilha pretendia levar R$ 1,5 milhão do cofre e contava até com um aparelho eletrônico usado para derrubar sistemas do banco como alarmes e câmeras.

Na edição de domingo, o jornal O Globo do Rio de Janeiro publicou reportagem sobre a ação dos caixeiros intitulada “De Joinville para o Brasil, ´caixeiros` desafiam a polícia”. A publicação, descreve como os criminosos agem pelo país furtando banco com técnicas industriais para arrombar terminais e sem explosivos ou violência.

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A chamada praga dos caixeiros começou no final dos anos 1990 em Joinville por criminosos que se especializaram em arrombar cofres e terminais de caixas eletrônicos. A técnica se espalhou entre gerações apesar das diversas prisões de integrantes em Santa Catarina e pelo país – muitos morreram em confrontos com a polícia, em alguns casos.

Nos últimos meses, os bandos voltaram com força ao tentarem arrombar agências bancárias do Rio de Janeiro, mas foram pegos por uma força-tarefa montada pela Polícia Civil do Distrito Federal, em 2017. A relação de caixeiros com as violentas facções que lidam com tráfico de drogas e praticam homicídios seria algo novo no contexto criminoso e certamente motivo de alerta maior para as polícias Civil e Militar.