O aumento de cerca de 10% do número de homicídios em 2017 em Santa Catarina gera alerta sobre a necessidade de ampliar a prevenção e fortalecer ações dentro e fora da segurança pública.
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A defensora pública Fernanda Mambrini Rudolfo afirma que o Estado precisa atacar as causas dos homicídios e agir na prevenção. Para ela, SC trata a segurança pública só como questão de polícia e não com questão que envolva também educação, lazer, saúde e oferecimento de outros serviços à população.
– Muitos homicídios decorrem de disputas do tráfico de drogas, de pessoas que estão ociosas. Conversando com essas pessoas a gente vê que a grande maioria largou a escola no primário ou começo do ginásio. É aí que temos que trabalhar: tentar combater a evasão – defende Fernanda.
Fortalecer os conselhos tutelares é mais um ponto observado pela defensora pública para que as equipes sejam mais atuantes, além de medidas nas próprias escolas como o oferecimento de sistema integral de estudo.
– Temos que parar de nos preocupar com o problema quando ele já aconteceu e tentar trabalhar as causas, se não a gente não vai conseguir reduzir os homicídios – enfatiza.
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Para o presidente da Associação dos Delegados de Polícia de SC (Adepol), Ulisses Gabriel, o aumento dos homicídios em nível de 10% foi muito preocupante e para que se ocorra uma freada brusca é necessário que se continue aumentando o efetivo das polícias, se valorize os policiais, entre outros pontos como gestão, tecnologia e repressão qualificada.
– A segurança das pessoas não pode esperar. Sem educação não teremos futuro. Sem segurança sequer teremos presente. Temos que combater o crime com força total – defendeu o representante da Adepol.
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