A Justiça revogou a prisão preventiva de 76 acusados de integrar uma facção criminosa de São Paulo que atua em Santa Catarina. O motivo foi o excesso de prazo na ação criminal antes do julgamento.

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Eles receberam a liberdade provisória e terão de cumprir medidas cautelares como recolhimento domiciliar em período integral e uso de tornozeleira eletrônica.

Policiais da Deic acreditam que a grande maioria deles permanecerá preso porque responde a outro processo ou também foi autuado em flagrante na época.

Advogados recebem multa

A decisão saiu no dia 9 deste mês, pela juíza Cleni Serly Rauen Vieira, da vara criminal da região metropolitana de Florianópolis.

A magistrada ressalta no documento que até o momento sete juízes já passaram pelos autos. Ela determinou ainda a responsabilização e multa por omissão de ao menos dois advogados por inércia no processo.

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Os réus haviam sido presos pela Deic na maior operação policial contra a facção de SP em Santa Catarina, no dia 20 de abril de 2017. Ao todo, foram 113 alvos denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina por organização criminosa armada.

Guerra com facção local

A maioria já estava presa anteriormente e teve nova prisão diante das suspeitas de articular crimes de dentro de cadeias catarinenses, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

No ano passado, a facção paulista travou conflito sangrento com a facção local de Santa Catarina pelo domínio de pontos de drogas, na Grande Florianópolis.

A guerra entre as duas quadrilhas, conforme a Deic, foi um dos motivos de homicídios em áreas críticas da Capital como norte da Ilha e Continente.

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Colaborou Antônio Neto

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