A cidade catarinense que receberá a primeira unidade prisional de segurança máxima reivindica mais policiais militares. O município é São Cristóvão do Sul, no Planalto Serrano, com 5.499 habitantes.
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O presídio foi planejado para receber os presos mais perigosos do Estado, entre eles os chefes de facções criminosas. Está pronto há dois anos, mas segue sem receber um único detento.
São 130 vagas, incluindo 20 para o Regime Disciplinar Diferenciado. A cidade já abriga a penitenciária de Curitibanos, com 1,2 mil detentos.
A prefeita Sisi Blind pediu o aumento do efetivo da Polícia Militar aos secretários da Segurança Pública, Alceu de Oliveira Pinto Júnior, e da Justiça e Cidadania, Leandro Lima. O encontro foi em Florianópolis, na quinta-feira.
Secretário Alceu afirma que visitará município
Indagado sobre o assunto, o secretário Alceu disse que fará uma visita a cidade no começo de setembro. Quer conhecer as duas prisões locais, as demandas, a realidade das polícias e a partir disso dar uma resposta ao município.
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– Vamos verificar a disponibilidade com o comando da PM, a distribuição e o desempenho dos policiais que estão lá – disse Alceu.
Diferentemente da maioria das prefeituras que rejeitam receber cadeias, a de São Cristóvão do Sul é considerada parceira do Estado na área prisional.
Ativação em 2018
A unidade máxima não tem data para ser ativada. Um dos entraves é a aprovação de uma gratificação salarial de periculosidade aos agentes penitenciários locais.
A medida depende de aprovação na Assembleia Legislativa, mas poderá ser viabilizada por meio de uma medida provisória (MP) do governador.
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Pinho Moreira promete enviar na próxima semana uma MP solicitando 98 funções gratificadas para inaugurar a prisão como deseja a Secretaria da Justiça e Cidadania.
"Barril de pólvora"
Em 2016, na reportagem Guardiões Solitários, o DC mostrou a realidade de insegurança vivida por moradores de cidadezinhas com pouco efetivo no interior catarinense. São Cristóvão do Sul era uma delas, em que moradores a consideravam um “barril de pólvora”. Na época, o comando da PM prometeu ampliar o quadro de policiais.