Choque, tristeza e revolta foram sentimentos vividos também em Santa Catarina com a bárbara execução da vereadora Marielle Franco (PSOL), do Rio de Janeiro, e do seu motorista, Anderson Pedro Gomes, 39.

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Houve manifestações carregadas de emoção e lamentação pelo ponto a que se chegou a violência. E não só no Rio, mas no Brasil em geral.

 “É lamentável o discurso de ódio contra pessoas assassinadas que lutavam pelos direitos humanos. O ódio não é uma resposta, mas pode vir a se tornar, de forma irreversível. A história não pode se repetir. Precisamos retomar o rumo da liberdade, solidariedade e justiça. Nosso futuro depende disso. Marielle Franco, Presente!”, escreveu em sua rede social o juiz de Joinville, João Marcos Buch, que também é escritor e ferrenho defensor dos direitos humanos

O vereador Afrânio Bopré (PSOL), de Florianópolis destacou em sua rede social o choque vivido pela militância política, do movimento negro e feminista. Também houve manifestações de outros vereadores, militantes locais dos direitos humanos, personalidades e lideranças de movimentos que buscam por justiça. No fim da tarde, um ato em memória de Marielle foi realizado no Largo da Alfândega.

“É desolador, traz desesperança, regressão. Parece que estamos retornando ao Dops da ditadura. Ao mesmo tempo, o que aconteceu deve estimular a luta, levar as pessoas a abrir os olhos para o que está acontecendo no mundo, no Brasil e também em Santa Catarina, em Florianópolis. As pessoas não podem se inibir em denunciar”, ressaltou a defensora pública Fernanda Mambrini Rudolfo.

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A sociedade não pode mais aceitar qualquer ato de violência. Ainda mais a quem luta contra a violência sendo calada para sempre de forma premeditada, cruel, a tiros, sem nenhuma chance de defesa. Não é possível que isso continue. A investigação precisa ser célere, independente e certeira para se identificar, prender, julgar e punir os responsáveis sejam eles quem forem.