Brusque e Jaraguá do Sul estão novamente entre os três municípios mais pacíficos do Brasil.

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Este é mais um dado do Atlas da Violência 2018 com bases nos índices de 2016. O estudo das cidades mais e menos pacíficas do País foi divulgado nesta sexta-feira.

O mesmo Atlas colocou Santa Catarina como o segundo Estado com menor índice de homicídios do País, atrás apenas de São Paulo, cuja divulgação aconteceu no dia 5 de junho.

O resultado saiu em uma análise a partir da realidade dos municípios com mais de 100 mil habitantes. Brusque, no Vale do Itajaí, com 125.810 moradores, desponta na lista nacional em primeiro lugar com a menor taxa de mortes violentas: 4,8 por grupo de 100 mil habitantes.

Atibaia, em São Paulo, com 138.449 habitantes, figura na segunda colocação com a taxa de 5,1 mortes violentas por grupo de 100 mil habitantes.

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Jaraguá do Sul, no norte catarinense, é a terceira no ranking. Com 167.300 habitantes, tem taxa de 5,4 mortes violentas a cada 100 mil habitantes.

Balneário Camboriú, com 131.727 habitantes, apareceu na 15ª colocação e taxa de 8,4 mortes a cada 100 mil habitantes.

Segundo o Atlas, o três municípios mais violentos são: Queimados (RJ), Eunápolis (BA) e Simões Filho (BA). O mapeamento nacional sobre as mortes violentas aponta que 50% delas ocorreram em apenas 123 municípios brasileiros, ou seja, o equivalente a 2,2% do total das cidades do País.

A pesquisa do Atlas é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

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“Prevenção primária”

Integrante do Fórum Brasileira de Segurança Pública, o sargento Elisandro Lotin de Souza aponta vários fatores para explicar o segredo de Brusque e Jaraguá do Sul.

– Investimento em educação, a prevenção primária, o papel do município, o envolvimento da sociedade, o emprego, a distribuição de renda – destaca Lotin.

No entendimento dele, as condições socioeconômicas das pessoas são um dos grandes componentes da violência no Brasil.

– Isso é visível na medida em que municípios com melhores níveis de desenvolvimento também concentram menores índices de mortes violentas – raciocina.

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Para Lotin, o desafio catarinense na segurança pública continua sendo nas grandes cidades em que houve diminuição do efetivo policial e há ausência de políticas públicas continuadas e abrangentes.

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