A calmaria verificada no interior catarinense, nos últimos meses, tem sido um contraste com os violentos assaltos a banco nas cidadezinhas do Paraná e Rio Grande do Sul.
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Os dois Estados vizinhos registram semanalmente ação de quadrilhas com fuzis, que disparam nas ruas de madrugada e amedrontam a população.
Nesta madrugada, foi assim em Piên, município paranaense com 12,6 mil habitantes, a 24 quilômetros de São Bento do Sul. Ladrões explodiram três agências bancárias. Um vigilante da região foi morto.
Piên está a 18 quilômetros de Agudos do Sul, onde no dia 11 de setembro foi preso o assaltante de bancos Cláudio Adriano Ribeiro, o Papagaio, que estava foragido. Ele estava em um sítio com fuzis e munição.
Tiros contra sede da PM
Moradores relataram aos policiais que acordaram com tiros e explosões de madrugada. A sede local da PM também foi atacada, tática que no passado foi bastante utilizada por bandidos para impedir a ação dos policiais durante o roubo.
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Policiais militares do Norte do Estado auxiliaram as buscas e seguem mobilizados na região.
Outra preocupação diz respeito aos assaltantes de ônibus que agem nas rodovias do Paraná, na região metropolitana de Curitiba. Sacoleiros de Santa Catarina que viajam a São Paulo têm sido vítimas.
Crimes exigem apuração conjunta
Nos bastidores da segurança, o entendimento é que se não houver uma forte ação conjunta entre as polícias dos três Estados do Sul, dificilmente essas quadrilhas deixarão de agir. Historicamente, os bandos costumam migrar entre os lugares para dificultar a ação policial.