As pesadas quadrilhas de assaltantes de bancos têm dado um tempo em Santa Catarina. Este ano, o número de ataques registrados é o menor desde 2015 no Estado, segundo estatísticas da Secretaria de Segurança Pública.

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De janeiro a abril, foram 57 crimes contra 109 no mesmo período do ano passado. Nos outros dois anos anteriores, também de janeiro a abril, ocorreram 142 ataques (2016) e 158 (2015).

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Em 2018, houve apenas um roubo com uso de explosivos, o que chama a atenção. Quais as razões da queda?

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Para o diretor da Deic, delegado Anselmo Cruz, as prisões de quadrilhas, os confrontos e as investigações. Também há outros fatores como incrementos das ações de segurança.

O detalhe é que, inversamente, ressalta Anselmo, está havendo aumento significativo dos ataques a bancos e a carros-fortes pelo País.

O delegado cita como exemplo o vizinho Estado do Rio Grande do Sul, onde criminosos vêm praticando o chamado “Novo Cangaço” em cidadezinhas com baixo efetivo policial.

Esta modalidade de crime é o terror da população, refém com cordões humanos em frente às agências bancárias. Bandidos sitiam as cidades, atiram e apavoram com violência para levar o dinheiro.

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Em SC, historicamente, quadrilhas do RS e Paraná costumam praticar os grandes e violentos assaltos a bancos.

Mesmo com a diminuição dos casos, o alerta permanece. A Deic tem informações que antigos ladrões de bancos estão foragidos. Um deles é o gaúcho Cláudio Adriano Ribeiro, o Papagaio.

Operação Integração

Uma outra razão para a diminuição dos assaltos foi a Operação Integração, em agosto de 2017, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), de Joinville.

Naquela investigação foi presa uma quadrilha com ao menos 12 integrantes que agia em SC e Paraná.

O bando explodiu bancos em 18 cidades dos dois Estados. Entre os presos está Joaquim Amarildo de Souza, o Kinko, tido pelo Gaeco como um dos maiores ladrões de banco de SC. Ele é natural de Canoinhas e está preso em Piraquara, no Paraná.

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