A tentativa de invasão ou de resgate de preso, na penitenciária industrial de Joinville, não é algo isolado no sistema prisional de Santa Catarina.

Continua depois da publicidade

Fontes da área, entre policiais e agentes penitenciários, lembram de outros episódios e planos criminosos recentes. Em todos eles, bandidos não tiveram sucesso e as forças do Estado conseguiram evitar que se concretizassem:

* Tentativas de arremessar celulares e drogas para dentro da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, antigo QG (quartel-general) da facção criminosa de Santa Catarina, em julho;

* Tiros nos fundos da penitenciária da Capital, no complexo da Agronômica, em julho;

* Sequestro de helicóptero para resgatar um preso líder de facção criminosa na mesma Penitenciária de Joinville, em março;

Continua depois da publicidade

Para o comando da Polícia Militar e da Secretaria de Justiça e Cidadania, as ações são “desespero” do crime organizado diante do intenso combate nas ruas e do próprio trabalho de segurança realizado nas cadeias.

Há mais detalhes importantes: agentes penitenciários estão bem armados nas unidades prisionais e trabalhando em conjunto com protocolos de ação. Em junho, o Departamento de Administração Prisional (Deap) recebeu 337 armas (65 fuzis, 72 carabinas, 200 espingardas). Foi a maior compra já efetuada ao departamento.

Penitenciária de Segurança Máxima

Nos bastidores, há quem entenda ser urgente uma ação do governo do Estado para inaugurar e colocar em operação a Penitenciária de Segurança Máxima de São Cristóvão do Sul, no Planalto Serrano. Pronta há dois anos, a unidade tem 130 vagas, incluindo o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

No entanto, segue sem receber nenhum preso. A Secretaria da Justiça e Cidadania aguarda a criação de uma gratificação de periculosidade aos agentes penitenciários que trabalharão no local.

Continua depois da publicidade

Leia mais notícias e análises de Diogo Vargas