No despacho em que determina apuração sobre a morte por meningite do detento Dassaev Mário Tarnowsi, 30 anos, em Joinville, o juiz João Marcos Buch afirma que há uma espécie de súplica por atendimento médico no sistema prisional local:

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“Não se pode admitir que os detentos necessitem aguardar o juiz da execução penal comparecer na prisão para relatarem seus problemas e suplicarem por ajuda. É absolutamente necessário investir em estrutura e agentes de saúde dentro do complexo, assim como é preciso melhorar o efetivo da escolta, pois exames e consultas especializadas não raro deixam deixam de acontecer pela sua falta”.

Juiz ouviu queixa de preso

O juiz esteve na penitenciária no dia 31 de outubro. Ouviu pedido por atendimento médico do próprio detento Dassaev e afirma ter recomendado o serviço à direção prisional – Buch também anotou a situação da saúde no livro de registro da penitenciária.

Agora, além das providências locais, o magistrado estabeleceu ao Departamento de Administração Prisional (Deap) que esclareça em 30 dias quais as ações que fará no sentido de melhorias de recursos humanos em saúde e nas escoltas em Joinville.

No documento, Buch reconhece que a situação de saúde no local já foi pior e hoje conta com estrutura, porém, insuficiente.

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Preso da Penitenciária Industrial de Joinville morre de meningite

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