A permanência de Araújo Gomes no comando da PM e o fim do suspense na Segurança

Depois de um suspense nas últimas semanas, o governador eleito Carlos Moisés (PSL) confirmou hoje (20) o coronel Araújo Gomes como o comandante da Polícia Militar em seu governo.

A escolha era dada como certa nos bastidores, embora tenha demorado para ser oficializada. Gomes também terá uma missão inédita em 2019: presidir no primeiro ano o denominado “colegiado superior de segurança pública” de Santa Catarina.

Havia uma dúvida na área sobre qual das quatro instituições que compõem o colegiado – a PM, Polícia Civil, Bombeiros e Instituto Geral de Perícias (IGP) – teria o representante na liderança do grupo no primeiro ano da experiência.

O futuro governo informou que utilizou o critério do número de servidores efetivos de cada órgão. Neste caso, a PM com mais de dez mil policiais no quadro, ficou em primeiro seguido pela Polícia Civil, com pouco mais de três mil servidores. Depois, será os Bombeiros e por último o IGP.

"Modelo inédito"

A iniciativa de Moisés inaugura um novo modelo de gestão na segurança pública, de não ter mais um secretário de Estado da Segurança Pública. “Algo inédito no Brasil”, segundo as próprias palavras de Moisés em suas redes sociais.

Também estão definidos os chefes do IGP e do Corpo de Bombeiros. No IGP continua no comando o atual diretor, Geovani Eduardo Adriano. Ele terá como desafio unir os servidores, pois nos bastidores há divisões no órgão.

No comando dos Bombeiros permanecerá até fevereiro o coronel João Valério Borges, quando será anunciado um novo comandante.

O colegiado de segurança pública terá um diretor-geral: o coronel da reserva dos Bombeiros Flávio Graff, que vinha atuando na coordenação da equipe de comunicação de Moisés.

Gomes se destacou em operações

O nome de Araújo Gomes era o mais cotado na corporação. Ele está no comando-geral desde fevereiro. Antes, era subcomandante-geral, mas foi no comando do 4º Batalhão em Florianópolis que permaneceu por mais tempo e liderou ações de repercussão.

O ritmo forte de operações dos últimos meses, medida apontada como um dos fatores para a queda de 20% dos homicídios em 2018 no Estado, certamente pesou na escolha de Moisés.

Além disso, o perfil de Gomes em projetos pioneiros de dimensão nacional vinha o credenciando também para funções em alçada fora de Santa Catarina.

Recentemente, esteve com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Gomes afirma que também recebeu convite do governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), para fazer parte do futuro governo daquele Estado.

Subcomando

O número 2 da PM seguirá sendo o atual subcomandante-geral, coronel Cláudio Roberto Koglin, informou o coronel Araújo Gomes.