Em tese, Carlos Moisés (PSL) decidiu pela continuidade na segurança pública. Em tese. Porque há alguns pontos, importantes e essenciais, totalmente novos a serem observados. Resta saber se o time seguirá vencendo ou não, pois a criminalidade teve queda nesses últimos 11 meses de 2018 em Santa Catarina, incluindo redução de 20% dos homicídios.

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As manutenções: coronel Araújo Gomes no comando da Polícia Militar e Geovani Eduardo Adriano na direção do Instituto Geral de Perícias (IGP). No Corpo de Bombeiros, o coronel João Valério Borges ficará só até fevereiro. Portanto, haverá troca de comandante na corporação da qual Moisés é coronel da reserva.

A dinâmica do coronel Araújo Gomes

Gomes certamente não recuará das premissas que o destacaram, a dinâmica de movimentar constantemente as tropas para ações em pontos conflagrados do Estado e de capturar lideranças do crime organizado. Geovani Adriano tem a missão de ampliar a presença da tão necessária perícia catarinense, principalmente pelo interior.

As saídas: secretário de Segurança Pública Alceu de Oliveira Pinto Júnior e delegado-geral da Polícia Civil Marcos Ghizoni. No caso de Alceu, não haverá mais secretário na pasta e sim o colegiado entre as instituições que alternarão o presidente a cada ano.

Conciliador e comunicativo, Alceu conseguiu nesse período um bom desempenho e livrou o status de “ninguém vai falar” da Secretaria de Segurança em episódios de crises.

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Civil retomou operações em 2018

Marcos Ghizoni dará lugar ao delegado Paulo Koerich, este um policial experiente, vindo de um grupo com décadas de instituição. Escolhido por Moisés e pessoas próximas ao governador eleito, Koerich é praticamente unanimidade entre colegas.

Já Ghizoni, apesar de elogiado pelo governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) no balanço de governo, era contestado e não tinha 100% dos policiais nas mãos. Mesmo assim, alcançou números que deixarão Koerich com ainda mais responsabilidade.

No comando de Ghizoni, por exemplo, a Polícia Civil cumpriu 4,6 mil ordens judiciais de busca e apreensão e 5,2 mil de prisões. A Civil mudou a postura de desmotivação, passou a emplacar operações impactantes rotineiramente nas ruas e até dentro do sistema prisional.

O diretor-geral

O novo desenho do colegiado da segurança inclui a presença de um diretor-geral. O cargo será ocupado pelo coronel da reserva dos Bombeiros Flávio Graff, que vinha atuando na comunicação de Moisés. Graff cuidará do funcionamento rotineiro da área, incluindo a parte administrativa.

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Aliás, nos últimos dias, entre fotos e comentários de despedidas, sobraram brincadeiras sobre o destino de alguns comissionados que por anos ocupavam alguma cadeira de destaque na segurança pública.

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