Depois de tanto sofrimento no Campeonato Catarinense, com o inédito rebaixamento para a Série B estadual (um vexame histórico), o Criciúma tem um fôlego na arrancada na Série C do Campeonato Brasileiro. O 1 a 0 sobre o Ituano na tarde deste sábado (29) no Heriberto Hülse tem um sabor de alívio para o Criciúma.
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A vitória veio com gol de Dudu Figueiredo, aos 27 minutos do segundo tempo, da forma que é possível para uma equipe remontada de afogadilho e com suas carências: em um chute preciso, de boa qualidade, de fora da área.

O desvio da bola em um zagueiro do Ituano colaborou para a bola chegar na rede. Um pouco de sorte não faz mal, o Tigre fez por merecer. Não foi uma atuação brilhante, mas melhor que a do adversário da tarde.
Estreia nacional de Baier
O jogo foi marcado por alguns detalhes importantes. Foi a estreia de Paulo Baier como técnico em competição de nível nacional. Até agora, o ex-craque dos gramados só havia comandado equipes em disputas estaduais, que o digam as passagens por Próspera, Brusque e Toledo, do Paraná.
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Na Série C do ano passado, o Criciúma ganhou pela última vez no dia 11 de outubro, 2 a 1 sobre o Londrina. Depois, ficou oito partidas sem ganhar, com quatro empates e quatro derrotas, e quase amargou uma queda para a Série D. Neste ano, só havia vencido uma vez, 2 a 0 sobre o Metropolitano, na campanha do rebaixamento no Estadual.
E tem a Copa do Brasil, pela qual o Criciúma entra em campo na terceira fase na próxima quarta-feira (1), às 21h30min, contra o América-MG, em Belo Horizonte. Pela Série C, o segundo jogo será no domingo (6), em Porto Alegre, contra o São José.

E o time ganhará reforços. O Criciúma está em busca de mais algumas contratações, e uma delas deverá ser um atleta rodado. O atacante Ricardo Oliveira foi tentado, e não veio por questão financeira. Pediu salário de R$ 200 mil, demais para a realidade de uma Série C e do Tigre.
E a vitória deste sábado fez história. É a quinta participação do Criciúma em Série C, e a primeira vez que estreia ganhando. Em 2006, perdeu para o Brasil de Pelotas na arrancada (3 a 2) e empatou em 2009 (1 a 1 com o Marília), em 2010 (1 a 1 com o Juventude) e em 2020 (0 a 0 com o Londrina).
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Uma arrancada que serve para sepultar o sofrimento do Catarinense. E permite ao Criciúma sonhar com novos ares.