Na primeira metade de 2021, o pior semestre da história do Criciúma. Exatos 30 anos antes, o melhor primeiro semestre. Foi em 1991, entre fevereiro e junho, que o Tigre escreveu a página mais vitoriosa da sua história: foi campeão invicto da Copa do Brasil, um título até hoje não repetido por qualquer outro clube de Santa Catarina.
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Os tempos atuais são outros, bem diferentes. Recém rebaixado no Campeonato Catarinense, o Criciúma parte para uma dolorosa reconstrução. Entra no Campeonato Brasileiro da Série C, a partir do dia 29, lutando para não sofrer um novo descenso.
É nesse clima, sem muito para comemorar, que o Criciúma está às vésperas de alcançar os 30 anos da conquista da Copa do Brasil. Em 2 de junho de 91 ocorria o histórico 0 a 0 com o Grêmio, no estádio Heriberto Hülse, que conferia ao Tigre o inédito título e a vaga na Taça Libertadores da América de 1992.
Felipão: “precisávamos daquele título”
— Precisávamos daquele título. Tanto que quanto eles, para que consolidássemos os nossos nomes —. Essa é, hoje, a definição do técnico Luiz Felipe Scolari, à época um jovem e iniciante treinador, que a partir dali via sua carreira saltar ao ponto de, uma década depois, comandar o Brasil ao faturar a Copa do Mundo de 2002.
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Felipão é um dos personagens de “Criciúma campeão da Copa do Brasil”, o livro que assinala os 30 anos da façanha, produzido e escrito pelo jornalista Jota Éder, e que terá lançamento digital justamente na data da comemoração, o próximo dia 2. — Todos os atletas, membros da comissão técnica, dirigentes e até muitos torcedores foram entrevistados. Foram 15 horas de gravações por telefone em um mês de entrevistas. Foi a forma que encontramos, preservando a saúde de todos, de produzir esse conteúdo em meio a uma pandemia — conta o autor.
Os craques daquele time campeão abiram o coração. — Eles contaram histórias de viagens, de concentrações e de vestiário. O Felipão lembra que se demitiu no meio daquela campanha — recorda Éder. — Em Belém, a torcida do Remo quase virou o ônibus da delegação. E os detalhes da briga de torcedores no jogo de ida contra o Grêmio, por quem viu de perto a confusão — adianta. — O nosso time era muito unido, dentro e fora de campo —, disse o lateral esquerdo e capitão do Criciúma campeão, o ex-jogador Itá.

Os jornais da época também foram pesquisados e, na etapa final, o texto de Jota Éder menciona a conquista do tricampeonato catarinense, ainda em 91, e a histórica campanha da Libertadores de 92. — Foi um período mágico para a torcida carvoeira — reforça o jornalista. — Ao final do texto, um caderno de fotos cedidas pelos próprios atletas e de páginas dos jornais históricos com a cobertura da decisão — emenda.
Ainda não há data para o lançamento do livro físico, impresso no papel. — Mas a intenção é coloca-lo ao dispor ainda em junho — projeta. A capa foi desenhada pela designer Natália Manica Santos.
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Nas suas redes sociais, Jota Éder vem promovendo o lançamento digital do livro. Nas páginas do autor, é possível encontrar as informações sobre a forma de ter acesso à publicação.