O Criciúma já faturou R$ 5,6 milhões eliminando Marília, Ponte Preta e América (MG) da Copa do Brasil. E na próxima terça-feira (22), a partir das 16h, o Tigre conhecerá, no sorteio da CBF, o seu adversário nas oitavas de final da competição.
Continua depois da publicidade
> Receba as principais notícias de SC pelo Whatsapp
Único catarinense vivo na disputa, o Criciúma tem 15 possibilidades de adversários, afinal, não há divisão por potes nem vantagem pra ninguém. Até os mandos de campo serão sorteados. Logo, tudo pode acontecer no rumo do próximo objetivo, colocar mais R$ 3,4 milhões na conta e avançar para as quartas de final.
Essa já é uma das sete melhores campanhas do Criciúma na Copa do Brasil. Campeão em 1991, semifinalista em 1990, o Tigre chegou às quartas em 1992 e 1996 e às oitavas em 2006 e 2008. Logo, se avançar nessa próxima rodada, o Criciúma já estará repetindo os desempenhos de 92 e 96, quando foi eliminado por Fluminense e Grêmio, respectivamente.

De um desses 15 times sairá o próximo adversário do Criciúma: Flamengo, Grêmio, Athletico Paranaense, Santos, São Paulo, Atlético (MG), Bahia, Fluminense, Vasco, Fortaleza, Atlético Goianiense, Vitória, CRB, ABC e Juazeirense.
Continua depois da publicidade
> Os 30 anos de uma façanha histórica: Criciúma campeão do Brasil
Em busca de um calendário
Mas muito mais que índices históricos, esse avanço significará um incremento decisivo para os cofres de um Criciúma que busca a reconstrução. Aditiva o orçamento para o grande objetivo, sair logo da Série C e garantir o retorno à Série B, da qual o Criciúma despediu-se em 2019.
Nesta segunda-feira (21) faz dois meses que o Tigre foi rebaixado no Campeonato Catarinense pela primeira vez na história. Em 21 de abril, o tricolor perdia para o Avaí por 1 a 0 no Heriberto Hülse e rumava para a Segundona estadual.
Agora, o clube trabalha nos bastidores para tentar ajustar o calendário de 2022. É que a Série B começa, ao menos neste ano, no fim de junho, e isso poderá ser fatal para o calendário do Criciúma no ano que vem. Ocorre que, se não ganhar a próxima Copa Santa Catarina, que ocorrerá no segundo semestre deste ano, o Criciúma não disputará a Copa do Brasil do ano que vem. A não ser, claro, que seja campeão dela neste ano.

Se estiver fora da Copa do Brasil do ano que vem, e ausente da elite estadual, o Criciúma corre o sério risco de ficar sem futebol até maio, quando começa o Campeonato Brasileiro, tendo que aliar a disputa nacional à Série B estadual. Mas o presidente Anselmo Freitas vem costurando com a Associação de Clubes e a Federação Catarinense de Futebol (FCF) para tentar adiantar o máximo possível a Segundona estadual. Acontece que a edição deste ano nem começou ainda.
Continua depois da publicidade
> Público nos estádios ainda em 2021: clubes da Série C especulam
A Série B do Catarinense começa em 29 de junho com Barra x Caçador em Itajaí. No dia 30, Guarani de Palhoça x Inter de Lages, Camboriú x Fluminense, Tubarão x Carlos Renaux e Atlético Catarinense x Nação. É esse ambiente que espera o Tigre no Estadual.
O projeto: deixar a Série C
Para conquistar o sonhado acesso no Brasileiro, o Criciúma vai fazendo o que precisa: ganhar em casa, empatar fora. O Tigre fechou a quarta rodada do Grupo B da Série C em terceiro lugar, depois do empate de sábado, 0 a 0 com o Oeste em Barueri. Oeste do técnico Roberto Cavalo, campeão do Brasil de 91 e ídolo da história do Criciúma.
– Não fizemos um bom jogo, mas importante é que pontuamos. Num campeonato como a Série C, pontuar sempre é fundamental – define o técnico Paulo Baier. O Tigre ganhou as duas em casa (1 a 0 no Ituano e 2 a 1 no Ypiranga) e empatou as duas fora (0 a 0 com São José e Oeste). – Agora, teremos dois jogos em casa para avançar na tabela – lembra Baier. O Tigre joga nos dois próximos domingos, no Heriberto Hülse, contra o líder Novorizontino e o lanterna Paraná.

A terceira colocação foi garantida na rodada, também, graças ao empate do Figueirense neste domingo, 1 a 1 com o Mirassol no Orlando Scarpelli. O Figueira segurou o Mirassol que, caso vencesse, ultrapassaria o Tigre. Quem passou o Criciúma neste domingo foi o Ypiranga, que atropelou o Botafogo de Ribeirão Preto: 3 a 0 em Erechim, assumindo a vice-liderança, que até então era do Tigre.
Continua depois da publicidade
> Um livro para comemorar os 30 anos da maior conquista do Criciúma
Um jejum indigesto
Embora comemorado, o 0 a 0 com o Oeste sustentou um jejum indigesto para o Criciúma. O clube atingiu 19 jogos sem ganhar fora de casa. São 11 empates e oito derrotas. A última vez que o Criciúma ganhou fora do Heriberto Hülse foi no distante 30 de julho de 2020, 1 a 0 sobre o Marcílio Dias pelo Campeonato Catarinense do ano passado, em Itajaí.

Por outro lado, com Paulo Baier no comando o Criciúma ainda não perdeu. Em seis jogos, são duas vitórias, quatro empates, cinco gols marcados e três sofridos.
Leia também:
> Em encontros no sul, MDB reforça prévias para 15 de agosto
> A pequena cidade do sul que luta para não perder território
> Covid levou grande defensor da cultura italiana do sul de SC