A ida e volta ao trabalho do criciumense vai ficar mais cara a partir do próximo domingo (30). A tarifa de ônibus sofreu reajuste de 14,1%. Com isso, os R$ 3,90 que eram pagos via cartão CriciúmaCard Cidadão passarão a R$ 4,45. Esse acréscimo, de R$ 0,55, resulta de uma negociação entre prefeitura, consórcio de empresas que realizam o serviço na cidade e com o aval do Conselho Municipal de Transportes. Os valores não mudavam desde 2017.
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— O reajuste busca trazer equilíbrio financeiro às empresas que vem enfrentando dificuldade – justificou o prefeito Clésio Salvaro (PSDB).
Antes da pandemia de Covid-19, o sistema transportava até 55 mil passageiros por dia. Após a primeira paralisação, entre março e junho de 2020, o serviço voltou atendendo 1 mil a 5 mil passageiros por dia. Em novembro último, viveu seu melhor momento recente, transportando 33 mil criciumenses diariamente.
— Os decretos na pandemia estabeleciam limites de passageiros e outras restrições — lembrou Salvaro.
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O decreto publicado nesta sexta-feira (28) no Diário Oficial do Município não menciona a tarifa em dinheiro, que até então era de R$ 4,25 mas deixou de ser cobrada desde o início da pandemia. Logo, ela continua não sendo praticada. Assim, quem quiser usar ônibus em Criciúma precisa fazer os cartões que são emitidos pela Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU), que reúne as empresas concessionárias do sistema.
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Os novos valores
Além da categoria CriciúmaCard Cidadão, cuja tarifa aumentou de R$ 3,90 para R$ 4,45, há a tarifa de professores, que aumentou de R$ 2,92 para R$ 3,34 (acréscimo de R$ 0,42) e o valor para estudantes, que passou de R$ 1,95 para R$ 2,22 (salto de R$ 0,27).
— O grande desafio a partir de agora é reconquistar o passageiro para o sistema. Por isso, também, chegamos a uma mudança que buscou, ainda, minimizar os impactos financeiros aos usuários. Com a mudança, Criciúma segue tendo a menor tarifa do estado de Santa Catarina — avaliou o prefeito.
Recentemente, a quantidade de ônibus nas ruas pautou conversa entre o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Valcir Zanette, e empresários do setor. Ele explanou a reclamação de muitos empresários, que estão encontrando dificuldades para contratar trabalhadores em função da falta de ônibus em determinados horários e rotas.
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— Temos horários em nossos terminais em que os ônibus partem com dois, três passageiros, então precisamos racionalizar o sistema — justificou o analista administrativo financeiro da ACTU, Vilson Amaral.
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