Uma denúncia de pedofilia contra um professor da rede municipal de ensino movimentou Cocal do Sul, cidade vizinha a Criciúma, no fim da tarde desta sexta-feira (26). O caso suspeito foi referido pela prefeitura em nota publicada nas redes sociais. O acusado, de 34 anos, foi preso no começo da noite.

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As possíveis vítimas são três crianças com idades entre 8 e 9 anos, que teriam sido atraídas pelo professor até uma sala.

— Nós buscamos as imagens das câmeras, mas na sala citada não há câmera. Nós temos a imagem dele entrando na sala com uma das alunas — revelou o secretário municipal de Educação, Luiz Carlos de Mello. 

A denúncia chegou à direção da escola por intermédio dos pais de uma das alunas.

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— Quando cheguei à escola a criança já estava em casa. Os familiares foram em seguida à delegacia e registraram a ocorrência, e as crianças já foram submetidas a exames de corpo delito — detalhou.

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Conforme Mello, o professor estava contratado em caráter temporário pela prefeitura de Cocal do Sul havia cinco meses.

— Até então não havia registros contra ele, mas nas últimas horas, depois dessa denúncia, começaram a aparecer outros relatos semelhantes — apontou. 

Abalado, o secretário contou que a situação coincide com o lançamento em breve de um projeto de alerta contra a pedofilia em escolas municipais que foi discutido e aprovado recentemente na Câmara de Vereadores.

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— Estamos todos abalados. A cidade é pequena e o caso está repercutindo muito, por isso tratamos logo de nos posicionar e tomar todas as providências — completou.

Confira a nota da prefeitura de Criciúma

“É com grande indignação que informamos estar cientes do ocorrido na Escola […], com um segundo professor e alunas […]*. O mesmo encontra-se detido pelas autoridades competentes. A Secretaria de Educação se solidariza com as alunas e familiares. A justiça será feita pelo Poder Judiciário e nós tomaremos as medidas cabíveis na via administrativa e colaboraremos com as autoridades de forma veemente”.

* A reportagem do Diário Catarinense optou por não divulgar o nome da escola e as turmas das vítimas para evitar identificação e revitimização das crianças.

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