Procon libera cancelas em pedágio na BR-101 em Tubarão, no Sul catarinense

O primeiro dia útil de 2023 foi de transtorno para quem precisou trafegar pelo trecho Sul da BR-101, principalmente nas proximidades de Tubarão. Nos arredores da praça de pedágio do Bairro São Cristóvão, altura do quilômetro 344 da rodovia, a formação de filas foi tão expressiva ao longo da tarde que o Procon recebeu diversas denúncias e acabou abrindo cancelas, liberando 200 veículos de passar sem pagar a tarifa de R$ 2,40.

Uma equipe do órgão municipal de Tubarão foi até o local e constatou o teor das reclamações. Centenas de usuários da rodovia, em especial os que trafegavam no sentido Sul, aguardavam por até 40 minutos em filas que chegaram a 3 quilômetros. Como isso diverge do que está contratado pela União com a concessionária do trecho, a CCR ViaCosteira, as cancelas acabaram abertas pelo Procon, que se manifestou por nota:

Grande tráfego já estava previsto

O incidente desta segunda-feira era previsível. Afinal, o período de festas faz avolumar substancialmente o tráfego na rodovia no sentido Norte, em especial de turistas oriundos do Rio Grande do Sul e dos países do Prata, e a primeira semana de janeiro já é o período de retorno para muitos. Tanto que a concessionária havia previsto, na última semana, um fluxo de 200 mil veículos no trecho de 220 quilômetros por ela gerido, entre Passo de Torres e Paulo Lopes, de sexta-feira (30) até esta segunda.

A CCR está na conclusão da Operação Réveillon e prometeu reforçar as equipes de atendimento nas praças de pedágio, o que não bastou para evitar as filas. – Aumentamos o nosso efetivo tanto no socorro mecânico, socorro médico e nas praças de pedágio – projetou, na última semana, o coordenador de Atendimento e Operações da concessionária, Paulo Linck.

Um dos expedientes adotados pela CCR é a distribuição, entre os veículos nas filas, de agentes credenciados que cobram a tarifa antes mesmo da chegada do veículo nas praças, mas isso também não contribuiu para resolver o problema em Tubarão. – O retorno é mais complicado, já que as pessoas aproveitam em seus destinos até o fim e retornam em blocos – observou Linck, antes do incidente desta segunda-feira.

Mais da metade já usa pistas automáticas

– Apostamos muito na liberação automática das pistas, 52% do tráfego em nosso trecho já utiliza as pistas automáticas, mais da metade dos usuários não têm a necessidade de parar nas praças. Esse serviço oferece vantagens, sem custos adicionais, e as nossas equipes têm orientado os usuários – argumentou Linck.

– O contrato não estabelece tempo de atendimento, mas sim cumprimento de fila, e para isso temos uma equipe que monitora a operação das praças 24 horas por dia, visando garantir esse parâmetro firmado com o Governo Federal – concluiu.