Causou grande decepção entre os tucanos Brasil afora o problema técnico que impediu o PSDB de ter seu pré-candidato à presidência da República conhecido a partir das prévias marcadas para este domingo (21). 

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– Até 14h não se percebia o problema. A votação era um pouco lenta, mas percebemos depois das 14h. Até então, o movimento era de convenção, bom, tranquilo – comenta a presidente do PSDB catarinense, deputada federal Geovania de Sá.

Conseguiram votar os filiados que foram a Brasília, cerca de 700, que participaram da votação presencial. Entre os que estiveram na Capital, os pré-candidatos Arthur Virgílio, Eduardo Leite e João Doria. No resto do país, aqueles que optaram pelo aplicativo tiveram dificuldades. – Não descartamos que tenha havido um ataque de hackers ao aplicativo. Isso está sendo investigado – afirma Geovania.

Os votos já dados continuarão contabilizados. A discussão agora, além da busca de uma solução técnica, é sobre quando a votação será retomada. Doria e Virgílio pedem que a eleição continue no próximo domingo, enquanto Leite sugeriu 48 horas para uma solução definitiva e, nos bastidores, defende que a prévia fique para fevereiro de 2022.

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Doria votou em Brasília na manhã deste domingo
Doria votou em Brasília na manhã deste domingo (Foto: PSDB / Divulgação)

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Prefeito não conseguiu votar; vereador disparou críticas

– Para o ano que vem eu acho que seria muito ruim para o PSDB – opina Geovania. Em Santa Catarina, expressiva base tucana está no Sul, onde poucos filiados conseguiram votar. Em Criciúma, o prefeito Clésio Salvaro, principal liderança do partido na região, não conseguiu registrar o seu voto, ele que apoia a pré-candidatura do governador gaúcho Eduardo Leite.

Revoltado, um vereador de Criciúma postou desabafo contra o partido nas redes sociais. – O PSDB fez hoje uma das situações mais deprimentes da história recente da política brasileira. Uma prévia que faz sair menor do que entrou, menos de 10% de filiados aptos e um app de R$ 1 milhão que não funcionou – disparou Nícola Martins, que é líder do governo Salvaro na Câmara de Criciúma. – Em quem votei? Em nenhum. Em quem votarei? Em nenhum – anunciou.

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O presidente do PSDB de Criciúma, Vágner Espíndola, também não conseguiu votar. Entre as lideranças tucanas da cidade somente conseguiu acessar o aplicativo e registrar seu voto o vereador Márcio Darós. Do Sul, um dos poucos a votar presencialmente em Brasília foi o prefeito Everaldo dos Santos, o Kekinha, de Balneário Gaivota.

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Prefeito de Balneário Gaivota com Eduardo Leite e Geovania de Sá
Prefeito de Balneário Gaivota com Eduardo Leite e Geovania de Sá (Foto: Divulgação)

– A Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS), que foi contratada para fazer o aplicativo, foi alertada dos problemas e agora deve dar explicações ao partido – finaliza a deputada Geovania. Enquanto isso, os tucanos continuam sem candidato definido à presidência da República, faltando menos de um ano para a votação.

Na noite deste domingo, a FAURGS publicou uma nota sobre os problemas no aplicativo do PSDB:

A Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS) esclarece que está investigando todas as possíveis causas da instabilidade verificada no aplicativo das prévias do PSDB. Desde que os primeiros relatos foram informados, os esforços dos técnicos da instituição estão em descobrir a causa da lentidão do sistema. Assim que houver total comprovação, o detalhamento desse ocorrido será levado a público.
Ao contrário do que foi especulado, os problemas não têm qualquer relação com a compra de licenças para suportar o reconhecimento facial dos filiados. Tanto é que o mesmo número de certificados permitiu o cadastramento bem-sucedido dos mais de 44 mil eleitores.
Os votos até agora registrados não serão perdidos, e a segurança do sistema não foi afetada. Todo o processo está sendo acompanhado por técnicos representando as três chapas inscritas, garantindo lisura e transparência.

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