O governador Carlos Moisés está no Sul de Santa Catarina na manhã desta sexta-feira (7). Ele entrega a ordem de serviço para as obras de desassoreamento da Barra do Camacho, que é a ligação entre a Lagoa do Camacho e o Oceano Atlântico no limite entre Jaguaruna e Laguna.

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Nos bastidores de mais uma passagem de Moisés pela região, é natural que a conjuntura política esteja em pauta. E o governador recebe mais adesões de prefeitos à sua pretensão de concorrer à reeleição. 

A mais recente manifestação de apoio vem de um dos prefeitos do MDB no Sul. – Onde o Moisés estiver, nós estaremos juntos – garante Fernando de Fáveri, em primeiro mandato em Cocal do Sul. O prefeito foi ao ato em Jaguaruna para solicitar ao governador e ao secretário de Estado da Infraestrutura, Thiago Vieira, apoio para melhorar as condições da SC-445 em trecho não pavimentado entre Siderópolis e Urussanga, passando por Cocal do Sul.

Para Fernando, a partir das conversas que acompanha das lideranças estaduais, é concreta a possibilidade de Carlos Moisés filiar-se a um pequeno partido, como o Avante, e contar com o MDB indicando o candidato a vice-governador. – Eu e muitos no MDB vemos sim uma coligação com o Moisés, a bancada quer isso, os prefeitos também – destaca.

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Prefeito de Cocal do Sul declara apoio incondicional a Moisés
Prefeito de Cocal do Sul declara apoio incondicional a Moisés (Foto: Prefeitura de Cocal do Sul / Divulgação)

O MDB foi o partido que mais elegeu prefeitos no Sul catarinense em 2020. Foram 14, praticamente um terço dos 45 municípios. Além de Cocal do Sul, o partido administra Balneário Rincão, Lauro Müller, Orleans e Treviso na região carbonífera, além de Araranguá, Ermo, Jacinto Machado, São João do Sul e Sombrio, no extremo Sul, e Pescaria Brava, São Ludgero, São Martinho e Treze de Maio na região de Tubarão.

– Ele é o governador mais municipalista da história, nunca se teve tanto apoio do governo, o acesso ao governador é muito fácil e eu vejo uma situação muito favorável para que isso aconteça – elogia o prefeito de Cocal do Sul. – Se depender de mim, estaremos juntos – completa.

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Em destaque, as obras

Para Fernando de Fáveri, fator determinante para o apoio de prefeitos de diversos partidos à candidatura de Carlos Moisés é a quantidade de investimentos que ele tem proporcionado. Cocal do Sul está no radar de uma obra de R$ 200 milhões que o governador está por lançar. 

– É o nosso Anel de Contorno Viário. O projeto está pronto, a SC-108 será duplicada a partir de Criciúma, a rodovia vai contornar Cocal do Sul e avançar assim até Urussanga. É uma obra grandiosa que vai impactar muito na economia aqui – destaca. Moisés estaria em Cocal do Sul nesta quinta-feira (6) para lançar a licitação, mas cancelou a agenda.

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A obra deverá começar ainda neste semestre, com previsão de conclusão em 3 anos. Outro investimento estadual que vem fazendo o prefeito Fernando optar por apoiar Moisés mesmo que ele esteja em outro partido é a conclusão da SC-442, uma antiga reivindicação. São cerca de 760 metros em execução junto à Cerâmica Eliane e outros 3,2 quilômetros na outra extremidade da rodovia, no distrito de Estação Cocal, na vizinha Morro da Fumaça. O investimento é de R$ 8 milhões.

Trecho da SC-442 que está ganhando asfalto entre Cocal do Sul e Morro da Fumaça
Trecho da SC-442 que está ganhando asfalto entre Cocal do Sul e Morro da Fumaça (Foto: Peterson Paul / Secom)

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Presidente da Amrec pondera

Para o prefeito Jorge Koch (MDB), que cumpre segundo mandato em Orleans e está concluindo mandato à frente da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), Moisés tem portas abertas no MDB. Koch observa, porém, que, se não for com Moisés filiado, o partido deverá ter o seu candidato ao Governo do Estado.

– O governador está com uma batata quente na mão para desenrolar. Qual partido ele vai optar? Até agora o MDB dá todo o apoio a ele na Alesc, há algumas contradições com a bancada federal – reflete. – Eu defendo que o MDB tenha um candidato. No primeiro turno, cada partido tinha que ter um candidato e depois, no segundo turno, façam os alinhamentos. O MDB tenha que ter candidato, que seja o Moisés, e se não for ele, que o MDB busque outro candidato – detalha.

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Outros partidos com acenos

Os sinais a favor de Moisés no Sul vêm de prefeitos de outros partidos também. Do PP, Elisandro Fanica (de Praia Grande) e Agnaldo Phillipi (de Pedras Grandes) já mandaram recados. Do PSDB, o prefeito Clésio Salvaro vem fazendo falas contundentes. – O governador tem sido o mais municipalista de todos – disse, nesta semana, após assinar a adecão de Criciúma ao Plano 1000.

O PSDB já convidou Carlos Moisés para se filiar à legenda. O PSC, partido do prefeito de Jaguaruna, Laerte Silva (onde o governador está nesta sexta) é outro que fez convite, que não avançou.

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