O pouso forçado de três balões na última quarta-feira (18) em Praia Grande, no extremo Sul catarinense, repercutiu. Com prioridade voltada para o fomento do turismo de aventura e de natureza, tendo o balonismo como um dos itens mais procurados pelos visitantes, a prefeitura se movimenta para evitar novos incidentes do gênero.
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– Foi um caso atípico. Isso nunca havia acontecido e não foi nada tão grave. Houve dois hospitalizados, mas nada grave – avaliou o prefeito Elisandro Machado (PP), o Fanica. Ele anuncia um novo investimento para evitar que a situação se repita. – Estamos montando uma associação com o pessoal dos balões, que será vinculada à gestora dos parques nacionais aqui da região, para poder dar uma segurança maior a esses passeios – pontuou.
Essa associação, com a participação do Executivo, contratará uma assessoria climática para dar aval aos voos dos balões sem riscos. – Essa parceira especializada vai fornecer, em tempo real, as informações atualizadas para os pilotos sobre a condição do clima e do vento – relatou o prefeito. – Daquele dia do pouso forçado, os pilotos estão colocando a culpa no aplicativo que deu a informação de que não teria vento, e acabou tendo – revelou Fanica.
Segundo o prefeito, uma estrutura fixa será montada para esse escritório de assessoria climática. – Terá um espaço próprio, um funcionário capacitado e essa assessoria vai monitorar e amparar com informações os passeios – detalhou. – Isso vai dar segurança total aos pilotos e a quem vai fazer esses voos – completou.
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A prefeitura de Praia Grande calcula que nos últimos anos, com o incremento do balonismo como atrativo turístico para contemplação da belezas naturais da região, mais de 2 mil voos foram realizados, com o registro somente desse acidente da semana passada.

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Em uma semana, gestão privada nos parques
Começa oficialmente na próxima quarta-feira (1) a gestão concedida pelo Governo Federal à empresa Construcap, vencedora do certame que licitou os parques nacionais da Serra Geral e Aparados da Serra, em Praia Grande, no lado catarinense, e Cambará do Sul, no Rio Grande do Sul.
– O ICMBio encerra a gestão no dia 31 e, no dia seguinte, a concessionária assume implementando o projeto provisório. Eles vão de imediato instalar banheiros, hoje no canyon Fortaleza não tem. Quem quiser tomar uma água, não tem também. Essa estrutura será colocada em seguida, os visitantes já sentirão as mudanças a partir da semana que vem – apontou o prefeito.
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A cobrança de ingressos para acesso aos parques também começará no dia 1º. – O ingresso individual, para um dia nos parques, custará R$ 35, a pessoa com esse valor consegue passar pelos canyons Fortaleza, Itaimbezinho e Rio do Boi, o ingresso vale uma diária. Se quiser comprar por dois dias, custará R$ 55 – explicou Fanica.

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Em breve, também, a gestora colocará guias à disposição. – Eles querem trabalhar em conjunto com a comunidade, vai ter um site para a compra de ingressos e ali estará a informação de todo o aparato de hospedagem e gastronomia para os turistas. Isso tudo será muito bom para o desenvolvimento econômico da região – avaliou o prefeito.
A prefeitura de Praia Grande já tem percebido a aparição de novos investidores. – Sim, estamos sentindo os reflexos, mas precisamos de mais investidores, principalmente nos ramos de restaurantes e hotelaria. Hoje não temos mais capacidade para visitantes em um feriado, nos picos de movimento. Se a pessoa não agendar com 30 dias de antecedência, não consegue leito aqui – observou.
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Um dos efeitos está sendo a geração de empregos. – Praia Grande apontou, no Caged, um índice superior ao da região e até ao estadual, por causa desse movimento do turismo. Estamos investindo em cursos preparatórios para o turismo e para idiomas, precisamos capacitar as pessoas aqui para serem bilingues também – completou Fanica.
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