Desde que a polícia atendeu um chamado na segunda-feira alertando sobre a distribuição de panfletos prevendo o apocalipse no centro da cidade não se fala em outra coisa em Orleans, de 23 mil habitantes distante 35 quilômetros de Criciúma. Mesmo nos comentários não há suspeitos de quem possa ter elaborado e distribuído os folhetos, mas a polícia segue investigando.
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Por volta das 20h da última segunda-feira (10), o telefone 190 da Polícia Militar em Orleans, no sul catarinense, tocou. Era um homem informando panfletos anunciando o apocalipse tinham sido colocados em para-brisas de dezenas de veículos estacionados na área central. De pronto, dois policiais militares deslocaram-se até os arredores da Igreja Matriz Santa Otília, no Centro da cidade, onde houve a distribuição dos panfletos. O caso está sob investigação pela Polícia Civil de Orleans.
Um fato é certo: a população está ciente de que massificar tais conteúdos configura um crime.
— Se houvesse flagrante, seria lavrado um termo circunstanciado. Haveria um processo por contravenção penal que sujeitaria o autor a pena de reclusão por 15 dias a 6 meses mais cobrança de multa por provocar tumulto e anunciar perigo que não existe — conclui o tenente Henrique Arent, comandante da PM em Orleans.
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O tenente explica o que foi feito na segunda à noite:
— Fomos ao local, fizemos o flagrante, recolhemos cerca de 40 panfletos. Conforme testemunhas, houve motoristas que recolheram esses panfletos e levaram. Ou seja, alguns deles estão circulando pela região.
A equipe do delegado Fernando Guzzi está verificando as imagens das câmeras de segurança da área central. Ainda não há suspeitos identificados, mas já se sabe o horário aproximado da distribuição dos panfletos, o que vem auxiliando na análise.

Relembre o caso
Os panfletos chamam a atenção para “o projeto do anticristo” que estaria revestido de um avanço tecnológico, que seria a implantação, nas pessoas, de microchips para reunir informações de documentos e contas bancárias. “Só vai aceitar a marca da besta aquele que quiser ou for seduzido pelas propagandas do projeto que serão muitas”, diz o folheto.
Versículos bíblicos são utilizados nos dois modelos de panfletos distribuídos por Orleans, e ambos mencionam ameaças relacionadas a um suposto “Governo do anticristo” que estaria a caminho.
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Há um segundo panfleto que levanta a questão “O que é o sinal da besta??? Porque o número é 666???”, cujo texto insiste na questão dos microchips e aconselha que as pessoas devem “viver como indigente”, lembrando que esta será uma situação passageira da humanidade.
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