Para o Criciúma, regras da volta do público aos estádios são inviáveis

O Governo do Estado anunciou a volta do público aos estádios em Santa Catarina. A retomada, porém, é gradual, e leva em conta uma série de critérios que respeitam medidas de combate à pandemia de Covid-19. Está autorizada a presença de torcedores em competições estaduais a partir da próxima quarta-feira (15).

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Mas há muitas dúvidas no ar. – Existe algumas controvérsias ainda – reconhece o presidente do Criciúma, Anselmo Freitas. Para ele, o protocolo elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde torna inviável a reabertura dos estádios pelos clubes. – A princípio está aprovado, mas tem coisas que não estão esclarecidas. Libera 30% mas só pode entrar 2,5 mil torcedores. Isso para o Criciúma é praticamente inviável. Não temos como abrir estádio só para 2,5 mil torcedores – justifica.

Essas dúvidas deverão ser esclarecidas em uma reunião marcada para as 11h desta segunda-feira (13) entre o governador Carlos Moisés, o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, mais representantes dos clubes e da Federação Catarinense de Futebol (FCF).

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Muitas exigências

Conforme o presidente do Criciúma, as exigências são muito grandes. Passam por vacinação completa ou apresentação de laudo de exame negativo para Covid, testagem para todos os que trabalharem no jogo, sob responsabilidade dos clubes, e plano de contingência dos estádios, com descrição dos fluxos de entrada e saída do público, manutenção de distanciamento e outros detalhes.

– Com essa quantidade de regras, não vale a pena para nós, pelas exigências colocadas nesse primeiro protocolo. Mas não é uma decisão tomada, é uma proposição. Isso está sendo negociado com os clubes, que levaram algumas situações ao Estado, que está analisando – pondera Freitas. – O protocolo exige vacinação, testes, isso tudo torna muito caro. O pessoal que trabalha na segurança, bilheterias, todos terão que fazer os testes e estarem vacinados – completa.

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A primeira competição a ter efeito das novas medidas é a Copa Santa Catarina, cujo início está marcado para quarta-feira com os jogos Caçador x Joinville (15h, em Caçador), Criciúma x Hercílio Luz (19h30min, em Criciúma) e Figueirense x Juventus (20h, em Florianópolis). – Essa limitação de 2,5 mil torcedores é complicada principalmente para o Heriberto Hülse, o Orlando Scarpelli e a Ressacada, onde 30% da capacidade dá 5 mil a 6 mil torcedores, para esses não vale a pena abrir com 2,5 mil torcedores – calcula o presidente do Criciúma. A Arena Joinville, do JEC, também se enquadra na limitação.

– O mais importante é que o Estado abriu essa possibilidade, o governador garantiu que vai liberar o acesso, para nós já é muito importante – considera. Também está na expectativa do decreto já emitido, e no aguardo de detalhes do protocolo, o jogo entre Barra e Camboriú, marcado para Itajaí, também nesta quarta, no primeiro encontro da decisão da Série B do Campeonato Catarinense.

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Proibido vender bebidas

Outro fator mencionado pelo presidente do Criciúma, mas que não consta nos resumos do protocolo divulgados nas últimas horas, diz respeito a venda de bebidas alcoolicas no entorno dos estádios. – O Estado diz que não pode servir bebida alcoólica em um raio de 1 quilômetro do estádio. Isso é impossível. Como o clube vai controlar? Imagina o estádio Heriberto Hülse, quantos bares e restaurantes estarão prejudicados. Como é que o Criciúma vai dizer isso, abro o estádio e vocês param de vender bebida – comenta.

Freitas observa que a reunião desta segunda-feira precisa ser definitiva. – Vamos discutir essas propostas e precisamos chegar a uma conclusão, já que os jogos são na quarta-feira. Se não for tomada decisão agora, isso vai inviabilizar o público, ao menos no Heriberto Hülse – reforça.

A última vez que o Criciúma recebeu público em seu estádio foi em 8 de março de 2020, quando 4.261 torcedores assistiram um empate em 0 a 0 contra o Figueirense, no Heriberto Hülse, pelo Campeonato Catarinense. De lá para cá, foram 28 jogos sem torcida no Majestoso.

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