Tem torcida em festa em Santa Catarina. É a do Criciúma, que começou a temporada sofrendo com o inédito rebaixamento no Campeonato Catarinense, mas fecha a temporada dando a volta por cima e assegurando a saída da Série C nacional. E esse acesso veio com nervos à flor da pele: vitória por 1 a 0 sobre o Paysandu em Belém na tarde deste sábado (6) e a comemoração iniciou no Norte, tomando conta do fim da tarde no Sul catarinense.
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O tropeço do Botafogo da Paraíba, que tomou 3 a 1 do Ituano em Itu, ajudou. O Tigre chegou a 9 pontos, superou na última rodada do time paraibano, que parou nos 8, e está de volta à Série B, da qual havia sido rebaixado em 2019. Foram dois anos de sofrimento na Terceira Divisão.
Na atual Série C, o Criciúma só não frequentou zona de classificação justamente na rodada passada, a penúltima, quando havia sido ultrapassado pelo Botafogo. De resto, desde a primeira fase o Tigre esteve entre os classificados, tanto na primeira quanto na segunda fase.
A longa e tortuosa campanha começou em 30 de maio, com o comando do técnico Paulo Baier e a vitória sobre o Ituano por 1 a 0 no Heriberto Hülse. De lá para cá, o Tigre saboreou invencibilidade em casa (e assim segue, subiu sem perder uma sequer em Criciúma), mas também encarou crises. Tanto que a classificação à segunda etapa se deu graças à única vitória fora de casa na etapa inicial, 1 a 0 sobre o Ypiranga em Erechim. No fim das contas, avançou à segunda etapa com 1 ponto à frente do Figueirense.
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E o Criciúma subiu sem ganhar um jogo sequer em casa no quadrangular decisivo. Empatou em 0 a 0 com Paysandu, Botafogo e Ituano, mas fez a diferença fora, derrotando Ituano (2 a 0) e, na despedida, o Paysandu. A única derrota foi a que deu força ao rival Botafogo, 1 a 0 na Paraíba.

Missão cumprida para o presidente Anselmo Freitas. Ele que assumiu o Criciúma na virada do ano em situação crítica, com o clube sem perspectivas financeiras, com poucos patrocinadores e desprestigiado junto à torcida. Conseguiu liderar um movimento de reforço das finanças, agregando parceiros e chamando o apoio do torcedor. A contratação de um ídolo como técnico na arrancada da campanha fez a diferença. A chegada de Paulo Baier colaborou para o bom astral na cidade.
Mas Baier também viveu seus maus momentos. Depois da estreia em casa com o empate em 0 a 0 diante do Paysandu na segunda fase, o presidente Anselmo liderou uma troca ousada: demitiu Baier e trouxe Cláudio Tencati. O novo técnico estreou ganhando do Ituano por 2 a 0 em Itu mas, depois, empatou duas em casa, perdeu uma fora e pairou a dúvida no ar até a conquista deste sábado.
De volta à Série B, o Criciúma terá um calendário curioso em 2022, já que disputará ainda a B do Catarinense, que deverá ser adiantada para o primeiro semestre, justamente por conta do acesso do Tigre. E ainda há a expectativa de uma vaga na Copa do Brasil. E uma nova diretoria deverá assumir o clube, pois o presidente Anselmo já antecipou que não tem condições pessoas de continuar na função. Com a missão cumprida no Brasileiro, ele sai por cima.
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Sobre o futebol catarinense, há a possibilidade de uma Série B com três times do estado em 2022: a Chapecoense, que vem da Série A, o Brusque, que luta pela permanência, e o Criciúma, mais a perspectiva de o Avaí na A, com o Figueirense ficando como único de Santa Catarina na C. Na D, estarão Juventus, Marcílio Dias e Próspera.
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