– Todo dia tem um caso -. O lamento do síndico Marco Antônio Tomasi Simon, de um condomínio do Bairro Michel em Criciúma, refere os recorrentes furtos que prédios dos mais diversos pontos da cidade estão tendo que encarar. – Outro dia, levaram uma porta de R$ 1,5 mil de um condomínio aqui do Centro. E tem vários outros casos, levam porta de gás, de energia, de hidrômetro – confirma Sérgio Martins, síndico de condomínio no Bairro Comerciário.

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Os registros de furtos chegam com frequência à polícia, e contam com íntima relação com a receptação de metais. Logo, com ações de bandidos para compra e consumo de drogas. Tanto que as portas de alumínio são os itens mais visados. Três condomínios próximos um do outro foram atacados na madrugada do último sábado (20).

Os moradores do Residencial Bergerac, no Comerciário, quase ficaram sem água há algumas semanas. Foram saber a razão, era o hidrômetro, que quase foi levado pelos bandidos. – Tentaram levar, ficou pendurado. Se eu não visse, nós teríamos ficado sem água. Acabamos enclausurando o relógio em uma casinha por orientação da Casan – conta. Problema resolvido? Que nada. – Agora, levaram a porta da casinha, o hidrômetro está exposto de novo – lamenta o síndico Sérgio Martins. – Pagamos mais de R$ 400 para fazer essa proteção, daí roubaram a porta, a parte mais cara, vai ser mais uns R$ 300 para o conserto, sem contar a incomodação – detalha.

Hidrômetro exposto, depois que a porta foi levada
Hidrômetro exposto, depois que a porta foi levada (Foto: Divulgação)

Do Bairro Michel, o relato do Condomínio Teven é semelhante. – É, eles pegam esses metais para vender. Não sei como ninguém vê eles carregando porta e monte de coisa – comenta o síndico Marco Antônio. – No meu prédio eles levaram uma portinhola que dá acesso a uma parte do prédio – relata. – Outros síndicos falaram que eles levaram protetores da parte do gás, tudo quanto é tipo de metal, portal de central de gás, porta de central de água. Daqui a pouco vão levar até o portão da garagem – completa.

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As câmeras de vigilância dos prédios não intimidam os autores dos furtos. – Imagina, eles atacam locais com câmeras. Eles chegam de máscara, capuz, e às vezes agem em locais com pontos cegos, onde a câmera nem pega direito – destaca Marco Antônio.

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Problemas também na área central

No Centro, o problema se repete. – Estamos assustados – pontua o síndico do Edifício Vittorio Veneto, Joel dos Santos. Em um dos flagrantes recentes, com registro por uma das câmeras de segurança do prédio uma porta de alumínio foi furtada da fachada.

– São esses ataques, esses furtos e também arrombamentos em prédios no redor do Centro. E tem o vandalismo também – comenta Joel, citando como exemplo a ação flagrada no vídeo abaixo, de ataque de vândalos contra um contêiner de lixo na Rua Marechal Floriano Peixoto.

Os síndicos mantém um grupo pelo qual trocam informações, e no cotidiano se multiplicam as ocorrências de furtos. Por orientação da PM, as ocorrências são registradas na Polícia Civil e encaminhadas para investigação. O que não está, no entanto, inibindo os ataques.

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