A apenas 7 quilômetros da Praça Nereu Ramos, ponto central de Criciúma, está o limite ao norte com Siderópolis, na ligação entre os dois municípios via SC-445. A essa altura, uma linha reta e imaginária separa os bairros São Marcos e Coloninha Zilli, no lado criciumense, da Vila São Jorge, no lado sideropolitano. Mas uma curiosidade veio à tona por ali, e envolve uma família tradicional da região: os Salvaro.

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Acontece que há muito tempo a placa que indica o limite entre os municípios, na margem da SC-445, localizava-se defronte à casa do empresário Henrique Salvaro, proprietário de uma das mais importantes empresas do setor carbonífera regional e tio dos prefeitos Clésio Salvaro (Criciúma) e Franqui Salvaro (Siderópolis).

Ocorre que percebeu-se que a placa não estava no lugar certo. E que o limite entre as duas cidades deveria ser recuado cerca de 300 metros no sentido de Criciúma. Ou seja, Siderópolis “seria um pouco maior para quem passa pela estrada”. Assim foi “mais ou menos” feito e as placas (há uma em cada sentido da rodovia agora) mudaram de lugar. Acabaram recuadas uns 200 metros, e foram instaladas diante da Carbonífera Belluno (também propriedade de Henrique Salvaro). 

Mas isso não resolveu o problema. – Na verdade, o limite entre os dois municípios é ainda um pouco antes, na cerca da carbonífera. Logo, a carbonífera tem sua área toda em Siderópolis, e não metade em cada cidade – esclareceu o prefeito Franqui. São os em torno de 100 metros que faltaram no transplante das placas. 

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Franqui chegou a ir até o local outro dia com o primo Clésio para discutir a questão. – Olhamos juntos com o apoio do mapa e do pessoal técnico e sim, o limite é um pouco mais pra frente ainda – registrou.

A placa no sentido Criciúma para Siderópolis está 100 metros adiante do limite
A placa no sentido Criciúma para Siderópolis está 100 metros adiante do limite (Foto: Denis Luciano / NSC Total)

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O lugar do novo pórtico

O assunto veio à tona por causa do projeto de construção de um pórtico indicando a chegada a Siderópolis, que o prefeito Franqui vai tirar do papel. – É um sonho antigo do município e vamos fazer. Resgatamos uma emenda do ex-deputado Jorge Boeira e teremos recursos para fazer – explicou.

O pórtico seria erguido na localização original da placa, em frente da casa do tio do prefeito, mas em consulta à Coordenadoria Regional de Infraestrutura optou-se por uma mudança. – Faremos mais para dentro de Siderópolis um pouco, perto da igreja da comunidade, onde há um terreno baldio. Ali, ao lado da igreja e do futuro pórtico, faremos uma praça – detalhou Franqui. 

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A intenção é que o pórtico vire um ponto de encontro e um atrativo para a comunidade. – Vai ficar bonito, a população vai bater foto do pórtico, da igreja, já existe uma visitação ali à igreja e à Santa atrás da igreja. Vai ser um lugar bacana de convivência na chegada da cidade – completou o prefeito de Siderópolis.

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