O homem de 28 anos que morreu eletrocutado na manhã desta segunda-feira (20), em Criciúma, estava praticando apenas mais um de tantos delitos. Ele não resistiu a um choque elétrico quando, em plena manhã, usava um alicate para remover fios da caixa de energia de um prédio no Bairro Santa Bárbara.

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– Esse ladrão reflete bem o problema que estamos enfrentando – pontua o tenente coronel Mário Luiz Silva, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar. Ele é um crítico contumaz de procedimentos na Justiça que estão permitindo a liberação de inúmeros criminosos, mesmo que apanhados em flagrante. – Esse elemento, por exemplo, foi preso na semana passada por receptação de uma moto furtada e foi liberado na audiência de custódia – lamentou. Ele foi preso no dia 13 no Bairro Renascer e libertado no dia seguinte após a audiência.

O criminoso tinha contra si 7 prisões em flagrante, 6 por furto e uma por receptação, além de 12 boletins de ocorrência: 7 passagens por furto e uma por violação de domicílio, receptação, posse de drogas, falsa identidade e desobediência.

A primeira prisão em flagrante dele ocorreu em 2014, na cidade de Treze de Maio. – O Poder Judiciário tem que ser chamado à responsabilidade, essa conta não é da PM. Estamos fazendo o nosso trabalho, e muito, os números de prisões confirmam isso – completou.

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