O agente de polícia Silvio Soares Coutinho, bastante conhecido no Sul catarinense e integrante da corporação desde 1990, faleceu nesta segunda-feira (16), aos 54 anos. Ele era lotado na Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de Criciúma, e deixou esposa, duas filhas, um enteado e neta.
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Silvio recebeu diversas homenagens dos colegas. Em uma postagem da Associação dos Agentes de Polícia Civil do Estado de Santa Catarina (Agepol) nas redes sociais a legenda trouxe o luto dos policiais: “por nós jamais serás esquecido! Descanse em paz, irmão!”.
Nos comentários da postagem, diversas referências ao difícil momento que a categoria vive, em meio às discussões com o Governo do Estado envolvendo a reforma da Previdência, recentemente aprovada na Assembleia Legislativa (Alesc) e alvo de muitas reclamações dos policiais civis.
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– Lamentável para todos, um excelente colega que não teve a chance de usufruir a aposentadoria, que vergonha para Santa Catarina – escreveu uma colega do policial recém falecido. – E o governador nos enchendo de regras para aposentar, queria que aposentássemos somente com 65 anos. Vergonha! A maioria dos policiais não chegam aos 55 anos, aindamais cheio de regras e sacanagens. Ou seja, temos que trabalhar até morrer, não até aposentar – desabafou outro policial.
“Infartou sem conseguir aproveitar”
Mais uma colega de Silvio deixou um desabafo, enumerando pontos da carreira dos policiais dificultados pelas novas regras previdenciárias. – Um homem relativamente jovem, de 54 anos, mas que por 31 anos trabalhou na vida policial tirando plantão noturno, virando 24 horas ou mais, se alimentando na madrugada com lanches, maus hábitos de vida que as particularidades da profissão nos levam a ter – ponderou.
– Já tinha tempo de aposentadoria, mas não o fez porque não tinha conseguido chegar ao último nível da carreira, haja vista o arcaico sistema de promoção vigente. Ou seja, infartou sem conseguir aproveitar um dia sequer de descanso. A passagem do Silvi tem o propósito de nos fazer refletir sobre o futuro a partir desta reforma – completou.
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