Uma abordagem policial que terminou em morte na última terça-feira (26) em Orleans, no Sul de Santa Catarina. De lá para cá, o episódio ganhou contornos de mistério e motivo de todas as rodas de conversas na cidade de 22 mil habitantes e distante 42 quilômetros de Criciúma.
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Um ex-professor de Educação Física de 42 anos, investigado por possíveis crimes de pedofilia, vinha sendo monitorado. Até que, no fim da tarde de terça-feira, houve a abordagem a ele na Praça Celso Ramos. Aconteceu um atrito entre policiais e o acusado que caiu, inconsciente, morrendo no local. A cena foi testemunhada por populares e flagrada por câmeras.
– Foi uma abordagem muito rápida, que não durou mais que dois minutos – revela o delegado regional de Polícia Civil de Criciúma, Vitor Bianco Júnior. O delegado de Orleans, Fernando Guzzi, estava na abordagem, junto com outro policial civil. – Uma das policiais que atua na nossa equipe de investigação foi chamada por testemunhas para abordar esse investigado na praça. Ela foi e pediu reforços – justifica Bianco.
O delegado Túlio Falcão, de Criciúma, assumiu o inquérito da morte do investigado. – Quando houve a abordagem, ele reagiu aos policiais e houve uma luta corporal. Ele era um homem forte, tanto que o delegado Fernando sofreu fraturas nas costelas e ficará afastado de atividades externas por 30 dias e o outro policial que tentou imobilizar o homem sofreu lesões nas mãos, em um dos ombros, no cotovelo e nos joelhos – detalha o delegado regional. As imagens serão analisadas para checar se houve excessos.
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Quando, durante a abordagem, os policiais perceberam que o homem estava imóvel, no chão, houve o chamado do socorro médico. Houve a tentativa de reanimação, sem sucesso, sendo atestado o óbito no local. – Não houve negligência. O que aconteceu foi uma fatalidade. Mas há as imagens das câmeras e todas as circunstâncias serão analisadas pela equipe de investigação – assegura Bianco.
O laudo cadavérico da vítima ainda não foi entregue pelo Instituto Médico Legal (IML).
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