Não é patriotada. É sério isso. Ninguém em sã consciência viu, em qualquer parte, o pênalti marcado pelo árbitro Caio Augusto Vieira, do Rio Grande do Norte, para o Fluminense. Um gol que pode ser determinante, em noite de vitória muito importante do Criciúma, 2 a 1 no Heriberto Hülse, nesta terça-feira (27), em partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
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Mas o não uso do VAR em um lance decisivo do confronto – na estreia da arbitragem eletrônica em Criciúma – manchou a atuação da turma do apito e marcou mais um episódio, de tantos, de desapego com a tecnologia que chegou para resolver problemas como esse. Foi muito claro que não houve o pênalti reclamado pelo escandaloso zagueiro Luccas Claro que atirou-se, como se fosse soqueado pelo jogador do Tigre que estava na jogada. Nada houve.

Ficou evidente, também, que a equipe do VAR usou um procedimento recorrente, de só ser atuante quando acionada. Eles certamente, em suas telas, viram que não foi pênalti mas como o árbitro foi tão convicto, não interferiram. Mesmo vendo o erro.
Dudu Vieira era o marcador de Luccas Claro. Em um primeiro instante, ele até leva a mão em direção ao jogador do Fluminense, mas não houve empurrão. O VAR resolveria isso rapidamente. Afinal, o equipamento com uma equipe em seu entorno estava ali para isso. Como esteve mais cedo, ao definir pelo pênalti corretamente marcado a favor do Criciúma, quando Dudu Figueiredo foi derrubado por Egídio na área.
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Há uma diferença do 2 a 0 justo para o 2 a 1 fruto de um erro grotesco da arbitragem. Afinal, no placar correto, o Criciúma poderia até perder por 1 a 0 sábado, às 16h30min, no Maracanã, para chegar nas quartas de final de uma Copa do Brasil pela primeira vez depois de 25 anos (a última vez foi em 1996). Mas o gol convertido pela arbitragem para o Fluminense deixa nos 2 a 1 uma indefinição do confronto e, sim, essa falha pode causar um estrago grande.
Mais um momento em que humanos mandam a tecnologia para o espaço no futebol.

Na bola, o Criciúma fez uma atuação segura. Forte na defesa, não deixou Nenê e Fred, os principais do Fluminense, jogarem. Eles não viram a cor da bola. O ponto destacado desse Criciúma do técnico Paulo Baier é a capacidade de se defender, e isso fez a diferença de novo. O Flu pouco jogou.
O Tigre abriu o placar no primeiro tempo, aos 41 minutos. Eduardo, da entrada da área, bateu. A bola desviou em Hygor e enganou o goleiro do Fluminense, 1 a 0. No segundo tempo, em pênalti bem marcado, Fellipe Mateus mandou para a rede aos 20, 2 a 0. Abel Hernandez descontou aos 26.
No sábado, um empate basta para o Tigre. Se o Flu ganhar por um gol, leva a decisão para os pênaltis. Lembrando que o Criciúma já eliminou dois adversários nesta Copa do Brasil nas penalidades, a Ponte Preta e o América (MG). A classificação vale R$ 3,4 milhões em prêmio, valor que fará a diferença para o futuro do Criciúma.
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