Entre nos anos 50 e 80, com maior ênfase, a prostituição em Criciúma tinha um lugar: a chamada “Maracangalha”, na região do Bairro Mina do Mato. Com o tempo, essa atividade caiu em declínio naquelas bandas e hoje trata-se de uma área residencial, que busca fugir do estigma do passado.
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O prefeito Clésio Salvaro (PSDB) esteve por ali na manhã deste domingo (PSDB). Mas com uma missão diferente. Participar da demolição de um imóvel. A prefeitura de Criciúma está levando adiante um processo de derrubada de casas desocupadas, e desta vez o foco foi nesse ponto da cidade, em um imóvel da Rua 233.
– Aqui é a conhecida, antigamente, zona do meretrício, a Maracangalha. Tinha uma casa abandonada aqui, notificamos o proprietário, publicamos no Diário Oficial, não tomaram providência, a gente colocou no chão – contou o prefeito. O domingo começou com equipes da Secretaria de Infraestrutura e da Defesa Civil movimentando o bairro, normalmente calmo, para a derrubada da casa, que estava em processo de notificação para uma possível demolição desde 2018.

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Salvaro advertiu que a prefeitura cobra dos proprietários a conta da limpeza dos terrenos. – Não é de graça, não. Toda essa despesa, hora de máquinas, de caminhões, é lançada no IPTU. No bairro onde você mora, se tem uma casa abandonada, colocando sua família em risco, entre em contato, a prefeitura vai fazer o processo legal – reforçou.
O prefeito adiantou que a derrubada de imóveis abandonados continua pela cidade. – Não fizeram a limpeza, a prefeitura coloca no chão. Se você tem uma casa, um prédio, um galpão abandonado, fique de olho, logo logo chegamos aí também – advertiu.
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A Defesa Civil é quem recebe as denúncias, faz as verificações in loco e, quando necessário, orienta pela demolição. – Temos uma centena de casas sendo analisadas, não todas a ponto de serem demolidas, são propriedades que estão deteriorando. Temos 50 casas no radar para ter a possibilidade de serem demolidas – contou o diretor do órgão, Fred Gomes.
Um dos fatores determinantes para as demolições é a garantia da segurança das regiões onde estão esses imóveis. – Quando a gente fala em riscos, estamos falando em riscos à saúde pública, segurança pública, em todo local tem água parada, o pessoal que usa essas casas, em situação de vulnerabilidade, coloca fogo para se aquecer, ocorrem incêndios. Com as demolições preservamos a segurança desses bairros – pontuou.
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O diretor comentou, ainda, que há entre os próximos imóveis a serem demolidos, alguns bem conhecidos da área central. – Temos em toda Criciúma. Nos próximos dias estamos encaminhando três ou quatro casas bem conhecidas da região central, uma no Comerciário e outra no Centro – destacou Gomes.

São raros os casos de proprietários que, depois de feita a demolição, procuram a prefeitura para reclamar. – Até então, só tivemos um caso de uma pessoa, de uma casa demolida no Bairro São Cristóvão, que depois da demolição alegou que não foi procurado. Comprovamos com documentos que sim, houve as notificações. Para aproveitar o terreno, agora essa pessoa terá que pagar todas as custas – frisou.
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