O cenário das pré-candidaturas ao governo do Estado ganha mais um nome a partir deste sábado (12). O PDT fará, em evento online, a filiação do ex-deputado Fernando Coruja.
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– Estou voltando às origens, e muito empolgado – garante Coruja, que segue atuando como médico em Lages, sua terra natal. – Me entusiasma a candidatura do Ciro para presidente, acho que ele vai exercer um papel importante na eleição do ano que vem – destaca. O presidenciável Ciro Gomes e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, participarão da live de filiação de Fernando Coruja marcada para as 18h deste sábado. – O Brasil está entre dois polos, e isso não é adequado – completa Coruja, ainda sobre o cenário nacional.
Para Santa Catarina, Coruja vê com confiança o futuro do PDT. – A prioridade tem que ser a educação, a preocupação com os mais pobres, o cuidado com a coisa pública. São ideias eternas, que trazemos sempre na política – pondera o pré-candidato.
PDT ganha fôlego, diz deputado
Conforme o deputado Rodrigo Minotto, que passou a ser o único representante do partido na Assembleia Legislativa (Alesc) depois da expulsão da deputada Ana Paula da Silva, a Paulinha, a candidatura de Fernando Coruja oferecerá musculatura ao partido para alçar melhores voos.
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– O Ciro Gomes é o nosso candidato a presidente, o projeto nacional do PDT precisa de palanques no estado, e o Coruja é o nosso nome para governador. Na última vez que o PDT teve candidato ao governo, foi o Manoel Dias, em 2006, e conseguimos eleger dois deputados estaduais. Se o desempenho do Ciro em Santa Catarina for repetido em relação à última eleição, com 264 mil votos, e isso for transferido para as nossas nominatas, podemos fazer três deputados estaduais e um federal, o que seria muito bom. Mas para isso é importante ter candidato a governador – explica.
Minotto articulou a filiação de Coruja ao partido. – Ele é uma bandeira da política em Santa Catarina – cita, ao lembrar que o pré-candidato a governador foi prefeito de Lages entre 1993 e 96 pelo PDT, e depois cumpriu três mandatos de deputado federal, parte deles filiado ao partido. Em 2017, como suplente, exerceu mandato na Alesc.
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PDT busca aliados no centro
O deputado vê poucas chances de o PDT se aliar à esquerda, tanto em nível estadual quanto nacional. – Não, o partido está se dirigindo mais ao centro, tanto que articula aliados nesse sentido na disputa nacional, e devemos seguir essa linha em Santa Catarina. Temos que sair desse ódio dos extremos – observa. Minotto tem sido próximo ao governador Carlos Moisés (PSL), e demonstra expectativa em relação ao futuro político dele. – O governador deve definir isso, pelo que sabemos, até o fim de julho – revela. O parlamentar tangencia quando questionado sobre algum possível alinhamento com Moisés em 2022. – Vai depender do partido para o qual ele vai – sublinha.
Quando questionado sobre o impacto da saída da deputada Paulinha do partido, Minotto diz que não houve muita repercussão interna no PDT catarinense. – Não vimos por parte dos vereadores, prefeitos e vice-prefeitos qualquer manifestação formal de surpresa ou descontentamento. Não vi nada – registra.
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Em contrapartida, o PDT vem buscando reforços. Uma novidade é da cidade de Rodrigo Minotto. Dimas Kammer, ex-vereador e ex-prefeito de Forquilhinha, cidade vizinha a Criciúma, filiou-se ao PDT. – Ele não vem para ser candidato, mas para ajudar na construção do partido – adianta o deputado.
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O presidente estadual do partido segue sendo o ex-deputado e ex-ministro Manoel Dias, que não deverá concorrer em 2022. Em 2018 ele foi candidato a deputado federal, colhendo 22.517 votos. – O presidente Manoel não deve disputar a eleição, mas ele está muito satisfeito com a filiação do Fernando Coruja ao partido – finaliza Minotto.
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