Um gato-maracajá foi encontrado morto nesta quinta-feira (13) em um ponto próximo ao Anel de Contorno Viário de Criciúma. Populares que flagraram o animal sem vida acionaram a Fundação de Meio Ambiente de Criciúma (Famcri).
Continua depois da publicidade
> Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp
Os primeiros palpites eram de que se trataria de uma jaguatirica, mas a análise do animal pelos técnicos acionados permitiu verificar que era, na verdade, um gato-maracajá, espécie que se encontra na lista de “quase ameaçadas” de extinção pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).
— Esse gato-maracajá foi vítima de um atropelamento, estava bastante ferido e com uma lesão no crânio quando foi encontrado, e tinha vários ossos quebrados — lamenta o biólogo Rodrigo Freitas, do Museu de Zoologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). — Esse animal já está em nosso Museu de Zoologia, será taxidermizado e ficará ao dispor da visitação em nossa coleção — adianta.
O Instituto Felinos do Aguaí, organização não-governamental que monitora os animais silvestres da região e que tem sede em Siderópolis, foi procurado pelo Museu de Zoologia da Unesc para mais informações sobre o gato-maracajá encontrado morto nesta quinta-feira. — Infelizmente constatamos que muitos animais dessa espécie sofrem com atropelamentos aqui na região — confirma Rodrigo.
Continua depois da publicidade
A IUCN estima que a população de gatos-maracajá sofrerá uma redução de 10% nos próximos 15 anos no Brasil por conta da descaracterização dos habitats dessa espécie Brasil afora. O gato-maracajá é assíduo na fauna de boa parte do Brasil e de áreas da Argentina, Uruguai e México.