O sul de Santa Catarina é servido, atualmente, por apenas um aeroporto com voos comerciais regulares. Do Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, inaugurado em dezembro de 2010, chegam e partem aeronaves cinco dias por semana, com destinos para São Paulo e Campinas.

Continua depois da publicidade

> Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo Whatsapp

– Estamos com projeção de ampliação dessa oferta de voos para os próximos meses – sinaliza o diretor comercial da RDL Aeroportos, André Constanzo. A RDL é a gestora do aeroporto, contratada pelo Governo do Estado. Atualmente, operam em Jaguaruna a Azul Linhas Aéreas, com partidas e chegadas para o aeroporto de Viracopos, em Campinas, e a Latam, que faz os voos do sul catarinense para Congonhas, em São Paulo.

– O nosso fluxo de passageiros vinha crescendo, daí veio a pandemia e a suspensão dos serviços por um tempo, depois a volta tímida – lembra Constanzo, pontuando que no retorno os voos, que antes da Covid-19 contavam com lotações sempre superiores a 90%, chegaram a ter 20% de ocupação. – Atualmente, a Azul tem média de 80% de ocupação dos seus voos aqui, e a Latam 63% – detalha.

Latam opera às segundas, quintas e sextas entre Jaguaruna e Congonhas
Latam opera às segundas, quintas e sextas entre Jaguaruna e Congonhas (Foto: Divulgação)

A Azul opera quatro partidas e quatro chegadas por semana em Jaguaruna. Aos domingos, segundas, quartas e sextas-feiras, o voo de Campinas chega às 15h e parte às 15h45min. A Latam tem três voos. Às segundas, quintas e sextas, o avião chega de Congonhas às 14h15min e retorna para a capital paulista às 15h15min. Logo, a região não é servida por voos comerciais às terças-feiras e aos sábados.

Continua depois da publicidade

> Aeroporto de Jaguaruna recebe instrumentos para operar em dias de chuva

– É um problema que estamos tentando resolver. Com esse crescimento da procura pelos voos, estamos retomando negociações que paralisaram – anuncia Constanzo. Uma das possibilidades é a Gol operar voos entre Jaguaruna e São Paulo. – Estamos em negociação – confirma o diretor da RDL. – Há também uma outra companhia analisando a possibilidade de operar voos regionais em Jaguaruna – destaca. – Hoje, alguém que está em Criciúma e quer voar para Chapecó precisa ir até São Paulo, ou então se deslocar até Florianópolis. Queremos resolver isso – exemplifica.

Um dos fatores que contribuirá para acelerar negociações com empresas interessadas é a oferta de subsídios pelo Governo do Estado. – O governador estava formatando um modelo de incentivos para o combustível de aviação e para isenção de alguns impostos, visando reforçar a aviação regional. Mas a pandemia suspendeu tudo. Estamos na expectativa dessa retomada agora com o Estado para que as empresas, com viabilidade, se interessem e venham operar esses destinos dentro de Santa Catarina, incluindo Jaguaruna – pontua Constanzo.

> Veja o que fica proibido e liberado com novo decreto até 14 de julho em SC

O resgate do aeroporto em Forquilhinha

Perto de Jaguaruna, em Forquilhinha, existe um aeroporto mais antigo e que por anos recebeu as operações comerciais da região. Pelo Aeroporto Diomício Freitas, já passaram aeronaves de inúmeras companhias aéreas no passado. Porém, a estrutura ficou defasada e veio o investimento em Jaguaruna. Atualmente, ele opera somente com aeronaves particulares, de empresários da região de Criciúma.

Mas a intenção é retomar voos comerciais por Forquilhinha já em 2022. – Essa é a nossa meta – anuncia o prefeito José Cláudio Gonçalves, o Neguinho (PSD). Um projeto de revitalização do aeroporto foi elaborado a pedido do Governo do Estado, que licitará as obras, investindo R$ 25 milhões em melhorias no Diomício Freitas.

Continua depois da publicidade

– Essa licitação deve ser lançada entre julho e agosto. O Estado fará ajustes na pista, que será aumentada e melhorada no seu nivelamento, fará também uma nova cerca no aeroporto e o mais importante, instalará o equipamento meteorológico que permitirá as operações noturnas e em dias de chuva e neblina – detalha o prefeito. Um dos problemas técnicos que inviabilizou a atuação de companhias aéreas por Forquilhinha era justamente a frequência de dias nublados e chuvosos, e a falta de condição para operação visual sem os instrumentos adequados. – Isso estará resolvido até o ano que vem – assegura Neguinho.

Prefeito luta por Forquilhinha voltar a ter voos comerciais em 2022
Prefeito luta por Forquilhinha voltar a ter voos comerciais em 2022 (Foto: Divulgação)

O prefeito adianta que existem conversas preliminares envolvendo empresários da região interessados na operação do Diomício Freitas, que poderiam montar um consórcio para gerir o aeroporto, mediante licitação pelo Governo do Estado. O aeroporto de Forquilhinha não opera voos comerciais desde o fim de 2016.

Leia também:

> Pastor de SC assina super pedido de impeachment de Bolsonaro

> Em três meses, secretário de Criciúma planeja chegar a 70% de vacinados

> Em Criciúma, uma força-tarefa para demolir imóveis abandonados