A semana que passou foi de um duro golpe para Santa Catarina, com o ataque cometido que resultou em cinco mortes em uma creche de Saudades, na região de Chapecó, na última terça-feira (4).
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Esse episódio despertou, por toda a parte, um reforço na segurança dos estabelecimentos de educação infantil. Em Criciúma, no sul, a aposta é em tecnologia para oferecer mais tranquilidade às crianças e aos pais de alunos.
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— Foi muito triste o que aconteceu em Saudades. Além de estarmos solidários a todos, familiares, amigos e a cidade inteira que está em luto, nós focamos na segurança das unidades aqui — comenta o secretário municipal de Educação de Criciúma, Miri Dagostim.

Aplicativo a ser lançado
— Além de um sistema de segurança em todas as escolas e creches, que já está em operação, estamos por lançar um dispositivo que vai colaborar ainda mais para a segurança — sublinha. — A prefeitura lançará um aplicativo, que vai ser abastecido pelo sistema de transporte coletivo dos estudantes, para informar aos pais e mães, em tempo real, sobre o deslocamento dos seus filhos das residências até as escolas — salienta o secretário.
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A princípio, o novo dispositivo, um aplicativo desenvolvido pelo município, servirá principalmente aos alunos especiais, que são cerca de 700 na rede municipal. — Os pais poderão conferir a hora do embarque no transporte e do desembarque na escola, e vice-versa — destaca, antecipando alguns detalhes de um sistema que a prefeitura planeja colocar em prática a partir de junho.

Para os demais estudantes, é possível fazer essa conferência, da assiduidade dos estudantes no transporte coletivo, via aplicativo de uso dos ônibus, que compartilha o dado a respeito do horário de utilização da biometria. — Nesse caso, nosso aplicativo, já em uso, está associado ao sistema do vale transporte — detalha Dagostim.
A segurança nos prédios
A rede municipal de ensino em Criciúma conta com 65 escolas, 2,3 mil colaboradores e 20,3 mil alunos matriculados. — Todas as nossas escolas contam com portões fechados e muros, e sistema de câmeras. Em todas elas é preciso apertar a campainha para entrar. Nesse caso, o pessoal da secretaria checa pela câmera de quem se trata para então abrir o portão, mediante identificação — assegura o secretário.
O sistema de monitoramento por vídeo é terceirizado, e contratado pelo município. — E tem funcionado nas escolas. Serve para o cuidado quando as escolas estão fechadas e também para monitorar nos horários de atendimento — sublinha.
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Com a pandemia de Covid-19, estagiários foram colocados em todas as unidades para a recepção a quem chega e também para aferir a temperatura. — E eles fazem também esse papel de triagem, de identificar de quem se trata, de quem quer entrar na escola e com qual objetivo — relata Dagostim.
Educação infantil
A educação infantil em Criciúma, na rede pública, conta com 35 Centros de Educação Infantil (CEIs) administrados pela Associação Feminina de Assistência Social (Afasc). Atualmente, são atendidas em torno de 3,2 mil crianças de 0 a 3 anos e 11 meses. Antes da pandemia, eram cerca de 5 mil alunos.

— As creches da Afasc têm todas as suas entradas fechadas, tanto no recebimento das crianças, quanto na saída. Todos que adentram nos espaços onde ficam as salas de aula estão autorizados pelas famílias, e devem apresentar um documento com fotos para sua identificação para retirar as crianças da unidade escolar. As pessoas que buscam informações ou querem fazer inscrição para as vagas, são recebidas pela direção da unidade escolar, ficando apenas nesse espaço onde fica a diretoria — responde o diretor executivo da Afasc, Adriano Boaroli.
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